A data, tida como azarenta, não traz nada disso, como garante a astróloga, numeróloga e sensitiva Márcia Fernandes. Bem ao contrário, é um dia com várias referências positivas.
“Vejo o 13 como um número abençoado e a sexta-feira é destinada ao nosso mestre Jesus Cristo e dia de Oxalá na umbanda, portanto, um dia de muito amor, carinho, oração”, diz a especialista.
O que diz a numerologia
Essa aversão e estranhamento não é à toa. Márcia explica que a presença do 1 e do 3 no 13 é uma combinação boa, mas mesmo dentro da numerologia (a ciência que estuda os números e sua influência sobre a vida humana), rende interpretações contrárias.
O 1, por exemplo, simboliza independência, coragem, originalidade, força, ambição, liderança, criatividade, ousadia, iniciativa, persistência, positividade. Já o 3 representa autoconfiança, otimismo, comunicação, entusiasmo, sociabilidade, sentimento de leveza perante os desafios da vida.
A soma de 1 e 3 rende o 4, que é símbolo da estabilidade por meio de regras, planejamento, disciplina, organização. É considerado um número tranquilo e calmo, que tudo alcança, com planejamento e praticidade.
“Significa também segurança, ação, aquele que realiza, determinação, momento de muito trabalho para alcançar objetivos e metas de vida. É a manifestação do lado racional do ser humano, o número da terra, da fidelidade e está relacionado ao mundo material”, acrescenta.
Essa divergência que se constata entre os números (1 e 3 gostam de se arriscar perante os desafios da vida, preferindo o novo, enquanto o 4 prefere a estabilidade, a segurança) pode ser motivo para despertar a associação do mau agouro ao 13, ao mesmo tempo em que outras pessoas veem ali uma boa vibração.
“Se unirmos tudo – coragem, ousadia, criatividade, ambição positiva, independência com planejamento, segurança, estabilidade, organização, trabalho -, o final da história será de êxito e muito sucesso”, diz Márcia.
História reforça estereótipo
As interpretações discrepantes não param aí. No lado negativo, de acordo com Márcia, outra referência é ligada ao fim da Ordem dos Cavaleiros Templários, sentenciada por Filipe IV, rei da França, em 13 de outubro de 1307.
Enquanto isso, outras teorias classificam a positividade do 13. “Na Índia, simboliza a prosperidade. Para eles, o número é visto como sagrado, amuleto da sorte. No Norte da Índia, o 13 é falado como ‘tera’, palavra que se refere ao Ser Divino, Deus”, conta Márcia.
No tarô tradicional, o numeral representa o arquétipo da morte, sem que isso signifique algo negativo. Ao contrário, remete ao encerramento de um período ou ciclo. “Pode ser o fim de um emprego, namoro ou, ainda, transformações internas e externas”, exemplifica.
Religião também está envolvida
A sexta-feira não deixa por menos. Uma das principais referências negativas à ocasião tem a ver com a data da crucificação de Jesus Cristo – sim, uma sexta! -, o que liga o dia a um mau presságio.
Pela história católica, na noite anterior, 13 pessoas fizeram parte da última ceia e Judas Iscariotes, o discípulo traidor, teria sido o 13º convidado. “A simbologia do número 13 estava posta para os cristãos”, comenta a sensitiva.
Já o Espiritismo, por sua vez, entende a sexta-feira 13 como um dia tão produtivo quanto outro qualquer. “Não há de se acreditar em superstições ou crendices, pois a doutrina não acredita no acaso”, pondera.
Márcia afirma que, independentemente dos fatos e crenças, o que está previsto, vai acontecer sem qualquer relação com dias da semana ou números. “Por uma visão da espiritualidade, temos uma força maior, superior nos guiando e nada ocorre por acaso na vida da gente”, reforça.
A sugestão da sensitiva: atraia boas energias e vibrações e positividade para sua vida e, sobretudo, mantenha-se conectado à divindade superior. “Dessa forma, estará sempre com bons pensamentos e sentimentos, independente de datas supersticiosas ou não”, pontua.
Rituais para a sexta-feira 13
Márcia Fernandes tem seu próprio ritual para a sexta-feira 13: reza 13 vezes uma Ave-Maria para Nossa Senhora de Fátima e pede seu milagre com fé e carinho.
“Para mim, em particular, o dia 13 é sagrado, sublime, porque recebi um milagre muito forte de Nossa Senhora de Fátima em minha vida. Por isso, tento ir todo dia 13 de cada mês à igreja de Nossa Senhora de Fátima, acender uma vela em agradecimento e infinita gratidão pela minha vida”, revela.
A seguir, ela ensina três rituais para você seguir:
- O número 4 (da soma de 1 e 3) simboliza a energia de Iemanjá, então faça um ritual em homenagem à rainha do mar a fim de atrair o verdadeiro amor e se casar. Providencie: pétalas de 1 rosa branca, 1 vela branca, 3 colheres (sopa) de açúcar e 2 litros de água. Primeiramente, acenda a vela branca com fósforo. Depois, coloque a água em um recipiente, acrescente o açúcar e as pétalas da rosa branca, macerando-as bem. Enquanto isso, faça seu pedido com muita fé: “Iemanjá, dona das águas, linda deusa do amor, da paz, das uniões amorosas e duradouras, traga-me um verdadeiro amor para minha vida, um(a) companheiro(a) com todo carinho e ternura para que possamos compartilhar dias felizes juntos”. Na sequência, reze 13 vezes a Ave-Maria para Iemanjá. Coe tudo e banhe-se do pescoço para baixo após seu banho tradicional e durma sem se submeter a outra ducha. Jogue o que sobrar na natureza.
- Também na sexta-feira 13, reze 13 vezes o Pai-Nosso para os pretos velhos, entidades elevadas estereotipadas como anciãos negros, conhecedores da magia divina e da manipulação de ervas, que podem oferecer ajuda espiritual. Acenda uma vela branca (com fósforo) em homenagem a eles, coloque-a em cima da geladeira, ao lado de uma xícara também na cor branca, cheia de café, sem açúcar.
- Para conseguir emprego, faça o seguinte: em casa ou na igreja, pela manhã, acenda 13 velas brancas pequenas (com fósforo), pedindo aos deuses do universo uma colocação e abertura de caminhos na vida, com fé e determinação. Reze, em seguida, 13 vezes o Pai-Nosso e outras 13 vezes a Ave-Maria, mantendo um copo de água ao lado das velas.
Fonte: Universa
Créditos: Universa