Grupos contra e a favor do governo Jair Bolsonaro (sem partido) dividiram hoje a Esplanada dos Ministérios em Brasília. Os protestos aconteceram ao mesmo tempo, e policiais militares fizeram um cordão no gramado para separar os movimentos. Os atos começaram por volta das 9h30 e se dispersaram a partir das 11h30. Não há registros de conflitos. É o primeiro domingo com atos contra Bolsonaro na cidade, com diversas pautas, como a democracia e o antirracismo.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios disse, em nota, estar atento às “denúncias sobre o incentivo, por parte de integrantes da Polícia Militar, ao uso de força excessiva contra os manifestantes”. O MPDFT recomendou que manifestantes denunciem eventuais abusos na ouvidoria do órgão.
Porém, em São Paulo, a situação corre o risco de voltar a se complicar. Apoiadores e contrários a Bolsonaro não chagaram a acordo sobre dia, hora e local dos atos, o que gerou impasse e foi judicializado. Na tentativa de evitar conflitos entre os dois lados, contra e a favor do governo, como o que ocorreu no último domingo, o juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) Rodrigo Galvão Medina concedeu liminar proibindo a realização de movimentos antagônicos na Avenida Paulista.
Os dois lados pretendiam se reunir na região e não chegaram a um consenso sobre qual deles alteraria o lugar. Com a decisão judicial, o Movimento Somos Democracia mudou para o Largo do Batata, “apesar do inconformismo com a decisão”, afirmou, em nota. O objetivo é “preservar a integridade física dos manifestantes e evitar a repressão”. Apesar de parte dos ativistas defender a suspensão do ato, para evitar contágio pelo novo coronavírus, o grupo disse que não vai recuar.
“Nós, torcedores articulados no Movimento Somos Democracia, ativistas do movimento negro e da Frente Povo Sem Medo, entendemos que essa decisão atenta à liberdade de manifestação. Apesar disso, para garantia da integridade física dos manifestantes, comunicamos a decisão de mudança do local do ato em São Paulo para o Largo da Batata às 14h”, diz uma nota conjunta dos movimentos Somos Democracia, Frente Povo Sem Medo e Ato Urgente SP – Vidas Negras Importam.
Fonte: CB
Créditos: CB