Um grupo de militantes iniciou na tarde desta terça-feira (31) uma greve de fome pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sede do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília.
Cerca de dez pessoas tentaram permanecer em frente à entrada exclusiva dos ministros, mas foram retirados por um cordão humano formado por seguranças do tribunal. Alguns manifestantes chegaram a cair no chão, mas deixaram o local.
Entoando gritos de ordem como “Lula livre”,, seis dos manifestantes anunciaram o início de uma greve de fome por tempo indeterminado até que o ex-presidente seja beneficiado com um habeas corpus
Lula está preso em Curitiba desde 7 de abril após sua condenação em segunda instância na Operação Lava Jato.
Fazem parte da greve de fome integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e da CMP (Central dos Movimentos Populares).
De acordo com Luiz Gonzaga (Gegê), líder da CMP, a ideia é tentar permanecer o máximo de tempo possível na sede do STF. “Quem vai pôr fim à greve são eles (os ministros do STF). A responsabilidade é deles”, afirmou à reportagem. Ele comentou que os atos do grupo vão ocorrer diariamente no local.
Os grevistas almoçaram com um grupo de apoio em um espaço mantido pelos movimentos em Brasília. De acordo com Gegê, esta foi a última refeição deles até que o STF determine a libertação de Lula. Foi servido costela com mandioca, arroz, feijão e melancia de sobremesa.
O ato desta terça ocorre uma semana depois que manifestantes jogaram tinta vermelha na entrada da Corte durante protesto em que pediam a liberdade do ex-presidente.
“A Secretaria de Segurança do Supremo Tribunal Federal já está adotando, na forma da lei, as providências para apurar os atos ocorridos na data de hoje (24) contra o edifício-sede do Tribunal, em Brasília. Imagens e informações dos envolvidos, bem como números de placas de veículos foram coletadas pela segurança do Tribunal e contribuirão para as investigações”, disse o STF em comunicado na semana passada.
Em abril, integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) jogaram tinta vermelha no prédio em que a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, mantém apartamento em Belo Horizonte. O ato ocorreu dias depois de Cármen Lúcia dar o voto que desempatou a votação em que foi negado um habeas corpus preventivo para Lula. (*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
Fonte: UOL
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