Investigações

Major preso, citado no caso Marielle, recebe mais de R$29 mil por mês da PM

O major tem um total de gratificações de R$ 26,5 mil, além de R$ 2,6 mil de salário. Ele também é réu por assassinar quatro jovens

Foto: Bernardo Guerreiro
Foto: Bernardo Guerreiro

O major Ronald Paulo Pereira, citado no caso Marielle e preso desde 2019 por chefiar uma milícia na zona oeste do Rio, recebe R$ 29,2 mil por mês da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

O major tem um total de gratificações de R$ 26,5 mil, além de R$ 2,6 mil de salário.

Suas gratificações, segundo seu contracheque, são de triênios, no valor de R$ 9.740, por risco profissional, de R$ 7.492, por regime especial de trabalho, de R$ 5.099, e por habilitação profissional, no valor de R$ 4.238. Pereira está preso e fora das ruas há cinco anos.

O major, além de ter sido condenado por organização criminosa, é réu por assassinar quatro jovens na Baixada Fluminense.

Sua ligação com o caso Marielle foi revelada pelo miliciano Orlando Curicica à Polícia Federal em 2019. Segundo o relato de Curicica, Ronald teria se encontrado com o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, então deputado estadual, Domingos Brazão, para discutir o assassinato da vereadora. A reunião, de acordo com o depoimento do miliciano, aconteceu em 2017.

Marielle Franco foi assassinada no dia 14 de março de 2018, há exatos seis anos, e, até hoje, a polícia não descobriu quem foi o mandante do crime.

Metrópoles