Davi Ferreira Guimarães tem sete anos e é um menino alegre, que vive as traquinagens típicas de todo garoto de sua idade. Mas, nem sempre foi assim. Aos quatro anos, a família descobriu que os sintomas que ele estava sentindo não eram de uma simples gripe. Davi estava com leucemia. A partir daí, começou uma história de muita perseverança e fé.
A mãe de Davi, a funcionária pública Lidiane Sonali Rocha Ferreira, contou que quando o garoto teve febre e depois uma anemia, ela e o marido decidiram procurar o médico. “Tivemos uma grande surpresa com o diagnóstico. Foi muito difícil para toda a família. A gente nunca acredita que uma doença dessas vá acontecer tão perto. Mas, como mãe, bati a poeira e saí em busca do melhor tratamento para o meu filho”, lembrou emocionada.
TRATAMENTO
Todo o tratamento de Davi foi realizado na Unidade de Oncologia e Medicamentos Especiais da Unimed João Pessoa. O tratamento do menino durou dois anos. Todo o primeiro ano foi com quimioterapia venosa, depois com o protocolo de manutenção.
“O cabelo dele não caiu, mas tinha dia em que o desgaste por conta da quimioterapia era grande. Foi muito doloroso para ele e para nós. Mas, ter ficado em um local como o que ele ficou, um ambiente humanizado, amenizou os aspectos de um hospital. A Unimed João Pessoa nos deu um grande apoio. Por isso, sou muito agradecida”, relatou.
Em meio ao tratamento de Davi, Lidiane engravidou de Letícia. A menina nasceu três meses depois da alta do irmão. “Ainda choro de alegria e agradeço a todos da Unidade de Oncologia da Unimed João Pessoa. Hoje, Davi vive uma vida normal. Eu espero que nossa história de fé e superação ajude outras famílias que passam pelas mesmas dificuldades que passamos”, enfatizou.
A Unidade de Oncologia e Medicamentos Especiais atende aos clientes da Cooperativa para consultas especializadas e, também, para aplicação de medicação específica para o tratamento contra o câncer. São 16 leitos, sendo dez adultos e seis pediátricos. Na pediatria, os leitos receberam papel de parede colorido com temas infantis. Para as crianças, há ainda uma brinquedoteca e elas também têm acesso a estes brinquedos nos leitos.
FÉ E SUPERAÇÃO
A oncopediatra Andrea Gadelha, coordenadora da Unidade de Oncologia, foi a médica responsável pelo tratamento de Davi. Ela explicou que a leucemia é o câncer mais comum em crianças, sendo 30% de todos os casos. Mas, apesar disso, tem 70% de taxa de cura. “Lembro que Davi teve que ser internado por muitas vezes no primeiro ano de tratamento, pois era uma quimioterapia pesada. Ele não precisou de transplante”, lembrou.
A médica disse que o garoto marcou toda a equipe da Unidade de Oncologia pelo seu comportamento e pela fé. “Ele é um menino muito amável e, apesar de tão pequeno, ia para a quimioterapia feliz, sempre levando uma imagem de Nossa Senhora. A mãe tinha muita fé, mas o menino também tinha, e a fé transforma”, ressaltou.
A fé e positividade de toda a família ajudaram no tratamento. “Quando a pessoa está bem, está feliz, a imunidade aumenta e isso ajuda a combater a doença”, explicou a médica Andrea Gadelha.
FEVEREIRO LARANJA
A leucemia não atinge apenas as crianças, mas também os adultos. Por isso, neste mês é celebrado o Fevereiro Laranja, dedicado à conscientização sobre a doença. De acordo com o hematologista e hemoterapeuta Roberto Luis Pereira Matias, cooperado da Unimed João Pessoa e integrante da equipe da Unidade de Oncologia e Medicamentos Especiais, a leucemia é originada na medula óssea – local em que as células do sangue são formadas. Esse tipo de câncer acomete os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, que começam a se reproduzir de maneira descontrolada, dando início aos primeiros sinais da doença.
E mais: a leucemia possui uma classificação própria, podendo ser dividida quanto ao tipo: mieloides ou linfoides, dependendo do tipo de célula afetada; e em agudas e crônicas, de acordo com a evolução da doença.
O número de casos de leucemia é um sinal de alerta. Só ano passado, de acordo com o hematologista Roberto Luis Pereira, cerca de 10.800 novos casos foram registrados no país (dados do Instituto Nacional de Câncer-INCA). Por isso, o médico considera importante o Fevereiro Laranja para conscientização das pessoas sobre a doença.
SINTOMAS
A suspeita do diagnóstico parte principalmente de alterações vistas no hemograma, associado a alguns sinais e sintomas:
- Queda das plaquetas que ocasiona sangramentos de gengiva, nariz
- Manchas roxas (equimoses)
- Petéquias (pequeno ponto vermelho no corpo causado por uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos)
- Baixa de glóbulos brancos (causando baixa da imunidade e consequente infecções e febre recorrente)
- Anemia
- Cansaço
- Tontura
- Dor abdominal
- Dor óssea
Fonte: Unimed
Créditos: Unimed