Candidato a presidente da Câmara dos Deputados, o Capitão Augusto (PR-SP) inovou na sua campanha antecipada. Além de promessas que já fez, do tipo criar um horário obrigatório nas TVs comerciais de noticiário de votações da Casa, o líder da bancada da bala encontrou outra maneira de agrado.
O parlamentar enviou aos gabinetes a oferta de um anel, banhado a ouro, estilizado e grafado com símbolo do Congresso Nacional e a inscrição do Poder Legislativo numa das laterais. Aos gabinetes, ele enviou o “croqui” do vistoso adereço e pede que informem a numeração do dedo.
“A Frente Parlamentar de Segurança está confeccionando um anel exclusivo da Câmara dos Deputados, em comemoração a 56ª legislatura. Solicito a gentileza de informar a numeração de anel que utiliza. Pode enviar diretamente para o email do meu gabinete. Obrigado”, informa o Capitão Augusto aos colegas, com o modelo do anel anexado. Augusto disse ao Radar que o anel é banhado a ouro e que se trata de uma “cortesia”, sem qualquer interesse eleitoral.
“Imagina associar isso à minha campanha. Não é tão simples assim. Não tem nada disso. É uma lembrança a apenas alguns colegas, como já fiz outras vezes. Uma cortesia da frente parlamentar”, disse Augusto. O deputado afirmou o anel banhado a ouro será distribuído para “uma meia dúzia” apenas, “menos de dez”.
Ele disse que está pagando do próprio bolso. Perguntado quanto custou cada um, respondeu: “Não se fala preço de presente”. E a cortesia do deputado não para aí. Ele envia outros 180 anéis, esses de prata, a parlamentares defensores dos chamados grupos de Cac (Caçadores, Atiradores e Colecionadores de armas). É a bancada do CAC.
A parte da frente desse anel traz a inscrição “CAC”, dentro de um alvo de stand de tiro. No entorno, as palavras “atiradores, caçadores, colecionadores”. Nas laterais, de um lado “frente parlamentar”, e no outro um brasão da República. No ano passado, o deputado distribuiu para os colegas da bancada da bala um prendedor de gravata com o desenho de um fuzil. Abaixo, o modelo do anel do CAC.
Fonte: Veja Coluna Radar
Créditos: Robson Bonin