CULTURA

Lançamento das Edições Sesc, Política cultural: fundamentos apresenta ao leitor um panorama completo com conceitos e informações sobre gestão cultural

No mundo contemporâneo, a questão da cultura vem adquirindo uma centralidade inédita, que põe as políticas culturais diante de novos desafios e em constantes disputas. Para superá-los ou ao menos mitigá-los, é necessária uma revisão do arcabouço conceitual e da gestão cotidiana dessas políticas. Lançado pelas Edições Sesc, Política cultural: fundamentos é fruto da pesquisa e da experiência de Bernardo Mata-Machado como historiador, cientista político e gestor – além, ainda, de sua atuação como ator e diretor.

No mundo contemporâneo, a questão da cultura vem adquirindo uma centralidade inédita, que põe as políticas culturais diante de novos desafios e em constantes disputas. Para superá-los ou ao menos mitigá-los, é necessária uma revisão do arcabouço conceitual e da gestão cotidiana dessas políticas. Lançado pelas Edições Sesc, Política cultural: fundamentos é fruto da pesquisa e da experiência de Bernardo Mata-Machado como historiador, cientista político e gestor – além, ainda, de sua atuação como ator e diretor.

Para Isaura Botelho, doutora em ação cultural com passagem pelo Ministério da Cultura e responsável pelo texto de orelha do livro, os leitores terão a oportunidade de se defrontar não apenas com um amplo leque de assuntos, mas também com análises minuciosas de fatos que constituíram a história das políticas culturais no Brasil. Especialista em cultura e políticas públicas para a área, Botelho espera que a obra se torne uma referência para um público interessado mais amplo, num país em que a bibliografia sobre políticas culturais ainda está aquém do necessário: “Bernardo Mata-Machado foi imensamente feliz em realizar sua proposta de contribuir para a formação e para a prática cotidiana de gestores e de agentes culturais”.

Já Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, acredita que a obra traz “um sopro de lucidez” a essas questões desafiantes: “A escrita de Mata-Machado ativa um sem-número de campos de conhecimento com o objetivo de jogar luz sobre tais ambivalências. E oferece, dessa maneira, um arrazoado de reflexões sobre esse objeto que se tornou tão debatido na atualidade. As políticas culturais tornaram-se assunto corriqueiro inclusive em situações que transcendem seu âmbito originário; outrora restrito a iniciados, passaram a ser discutidas por alguns grupos sociais”.

Para Miranda, ainda, a estratégia traçada pelo autor se justifica em ao menos duas dimensões: “A primeira reside na polissemia própria da palavra cultura, que oscila entre acepções restritas ou amplas, a depender dos intuitos de quem a utiliza. Como o sentido preciso de cultura em jogo nem sempre está claramente explicitado, tornando-se acepção tácita, uma miríade de desentendimentos é algo provável. Além dos ardis conceituais que se escondem por trás de tal polissemia, há uma segunda dimensão estudada: a repercussão dessa circunstância para o âmbito da gestão da cultura. Afinal, alguns aspectos culturais podem de fato ser geridos, ao passo que outros se referem aos modos de ser, conviver e se expressar das pessoas – são fluidos como o cotidiano e não constituem objetos de políticas públicas ou privadas”.

Dia 13 de setembro, quarta-feira, às 19h, acontece o evento de lançamento do livro no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP. O evento é gratuito e contará com um bate-papo seguido de sessão de autógrafos com Bernardo Mata-Machado e Isaura Botelho.

SOBRE O AUTOR

Bernardo Mata-Machado é historiador, cientista político, ator e diretor de teatro. Fez graduação em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1976) e mestrado em Ciência Política pela mesma universidade (1985). Foi pesquisador da Fundação João Pinheiro (1977-2018), onde se dedicou aos temas da política cultural e da história econômica, política, social e cultural de Minas Gerais. Exerceu cargos públicos de gestão cultural na Prefeitura de Belo Horizonte (secretário adjunto de Cultura, 1993-1996), governo do Estado de Minas Gerais (secretário adjunto de Cultura, 2015-2016) e governo federal (coordenador-geral, diretor e secretário nacional substituto da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, 2009-2014).

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba