Neste sábado(25) a Revista VEJA publicou uma entrevista concedida pelo deputado federal paraibano Julian Lemos(PSL) em que ele falou sobre os bastidores da campanha do presidente da República Jair Bolsonaro. Julian também falou sobre a relação entre o presidente e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Julian que foi um dos principais cabos eleitorais nordestinos de Bolsonaro já também teve conflitos com os três filhos mais velhos do presidente e deixou de ser um aliado de primeira hora dos Bolsonaros.
Julian acusou Carlos de ser desequilibrado emocionalmente. Segundo o deputado o vereador carioca faz chantagens psicológicas com o seu pai para poder obter o que deseja dentro do Governo Federal. “O Carlos Bolsonaro é uma pessoa que não tem escrúpulos. Quando ele te bota como alvo, passa a atacar de forma injusta. Durante a transição, quando o presidente não acatava de primeira algo que o Carlos dizia, ele simplesmente sumia, revelou o deputado. Ele ainda afirmou que a demissão de Carlos Bolsonaro ocorreu para atender um desejo de Carlos.
Ele ainda revelou que muitos outros nomes tem caído na atual gestão por não compactuarem com decisões do presidente Jair Bolsonaro acerca de como distribuir os cargos comissionados federais. Julian revelou também que apesar de uma tentativa inicial o chamado gabinete do ódio, que existe para criar dossiês e atacar a imagem de adversários políticos do presidente, não possui um espaço físico no Planalto. O deputado ainda revelou que haveriam muitos comandantes do gabinete do ódio que produzem conteúdo difamatório contra os potenciais adversários e manipulam aliados para destruir biografias.
Segundo Julian ele também presenciou o primeiro encontro entre o presidente da República e o seu agora ex-ministro Sérgio Moro. Segundo o deputado o encontro ocorreu em um aeroporto e o até então ministro da Justiça Federal não viu o presidente, que tentou cumprimentá-lo e ficara arrasado ao ser ignorado. Julian também revelou que o juiz ligou para Bolsonaro para esclarecer o mal entendido e que o até então candidato a presidência teria ficado tão emocionado com a ligação que teria chorado de alegria.
Julian concluiu revelando um sentimento de que fora traído pelo presidente ao ser escanteado pelo mesmo após tantos anos apoiando o seu nome e sendo o seu principal coordenador buscando tornar seu nome viável para a presidência. “Talvez as pessoas não enxerguem, mas esse sinal de deslealdade do presidente vai ser uma das marcas dele. E isso vai voltar para ele em algum momento. O volume de pessoas que foram traídas é grosso. E a indignação delas com esse tipo de atitude é profunda demais.”.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba com informações da VEJA