A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou ao Detran e Secretaria de Administração Penitenciária do Rio que cancelem a carteira de visitante que foi concedida à deputada federal Flordelis antes de ela ser denunciada como mandante do assassinato do pastor Anderson do Carmo, seu marido. O documento havia sido expedido para que a parlamentar pudesse visitar seu filho Flávio dos Santos Rodrigues, acusado de ter atirado contra o padrasto.
Após a denúncia do Ministério Público do Rio, a deputada foi proibida de ter qualquer contato com os demais acusados, inclusive nas unidades prisionais em que se encontram. No entanto, segundo Nearis, informações trazidas aos autos pelo assistente de acusação indicam que houve possível burla à determinação judicial, sendo que a deputada teria tentado manter contato com os filhos presos por meio de Paula Neves Magalhães de Barros, que atua no gabinete da deputada em Brasília, de acordo com a corte fluminense.
Além da proibição de contato com outros acusados, a Justiça já havia ordenado que Flordelis colocasse uma tornozeleira eletrônica. Considerando a “manifesta dificuldade de cumprimento dos mandados notificatórios” da deputada para colocação do equipamento, tanto no Rio quanto em Brasília, Nearis intimou a defesa da parlamentar na sexta, 2, a fornecer os números de seus telefones celulares pessoal e funcional, em 24 horas.
“Não obstante, diante da informação verbal de que os OJA, por vezes, sequer são atendidos na residência situada nesta comarca, cumpra-se o mandado de intimação ainda pendente, fora do horário de expediente forense, com auxílio da força policial, se necessário”, registrou ainda a juíza na ocasião.
Flordelis é acusada pela Promotoria fluminense por “arquitetar o homicídio” de seu marido, Anderson do Carmo, “arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio” e também “financiar a compra da arma e avisar da chegada da vítima no local em que foi executada”.
Fonte: Uol
Créditos: Polêmica Paraíba