O juiz Bruno Aielo Macacari, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (DF), considerou insatisfatórias as informações prestadas pelo Complexo Penitenciário da Papuda sobre as condições de saúde do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). Com isso, adiou mais uma vez a decisão sobre o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do parlamentar, condenado a mais de 7 anos de prisão, em regime fechado, por lavagem de dinheiro.
Ele deu mais 24 horas de prazo para que o presídio “melhor elucide” alguns quesitos formulados pelo advogado Antônio Carlos Kakay de Castro, que defende Maluf. As questões se referem a pontos que o Instituto Médico Legal (IML) não respondeu por dizerem respeito especificamente à penitenciária.
“Confrontando as informações prestadas pela equipe médica do Complexo da Papuda com os quesitos formulados pela defesa, observo que vários deles não foram satisfatoriamente esclarecidos”, escreveu o juiz.
Depois disso, as respostas devem ser analisadas pelo Ministério Público para que, em seguida, a defesa seja intimada a se manifestar.
Em nota, Kakay afirmou que “a decisão do juiz demonstra preocupação real com o que está acontecendo” e que “o conhecimento da realidade certamente levará a inexorável decisão da necessidade da prisão domiciliar” de Maluf. “A defesa espera que este aprofundamento da questão sirva para uma análise da falência do sistema prisional brasileiro”, completou.
Fonte: Valor Econômico
Créditos: Luísa Martins