Na semana passada, o desaparecimento e a busca pelo submersível da OceanGate, chamado Titan, que transportava uma tripulação de cinco pessoas e pretendia explorar os destroços do Titanic, chamaram a atenção em todo o mundo. O desfecho foi trágico: o submarino implodiu e todos a bordo morreram.
Em uma entrevista ao programa “Fantástico” do último domingo (25), o jornalista e físico Michael Guillen revelou que viveu momentos de terror e pânico ao descer aos destroços do Titanic em um submersível que não pertencia à OceanGate.
De acordo com Guillen, foram necessárias 2h30 para chegar ao fundo e visualizar os destroços do Titanic. “Era como se tivéssemos pousado na lua”, conta ele.
O jornalista relata que, apesar da experiência emocionante, também enfrentou momentos aterrorizantes. “Ficamos presos entre as hélices. Foi, sem dúvida, o momento mais assustador que já vivenciei”, relata.
Para Michael Guillen, o local onde o Titanic se encontra “não é um parque de diversões”. “Uma coisa que percebi mesmo depois da minha viagem até lá é que não se trata apenas de um naufrágio. Aquele lugar não é um parque de diversões, não é apenas um pedaço de metal, é um cemitério. Eu ganhei uma segunda chance”, celebra Guillen.
Desfecho trágico
A empresa OceanGate confirmou a morte de todos os passageiros do submarino que ia visitar os escombros do Titanic na tarde desta quinta-feira (22).
A informação vem após a confirmação da descoberta dos destroços no fundo do Oceano Atlântico após um aparentemente rompimento causado pela pressão marítima.
A Guarda Costeira dos EUA também confirmou a morte dos cinco passageiros, incluindo o dono da empresa, Stockton Rush, os empresários Shahzada Dawood e Hamish Harding, do filho de Shahzada, Suleman, e do mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet.
“Anunciamos agora que acreditamos que nosso CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet, infelizmente se perderam”, diz o texto. “Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um espírito de aventura distinto e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo”.
“Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico. Lamentamos a perda de vidas e a alegria que eles trouxeram para todos que conheciam”, completou a empresa.
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Polêmica Paraíba