O ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, de “burro” durante reunião que discutia os R$ 600 milhões de recursos retirados da pasta. De acordo com o jornalista Thomas Traumann, colunista do Poder360 e da Veja, esse tipo de atitude é recorrente.
O jornalista postou no Twitter que Guedes tem um hábito peculiar, especialmente nos momentos em que se sente acuado.
“Quando está sob pressão, o que tem sido comum ultimamente, Paulo Guedes telefona para alguns jornalistas para reclamar. São ligações de 40 minutos, uma hora, uma hora e meia, nas quais o ministro fala sem parar, chama seus colegas de incompetentes e os políticos de gângsters”, afirma Traumann.
“Parte dessas ofensas, Guedes também diz aos políticos, como mostra a repórter Camila Mattoso, hoje na Folha”, prossegue.
“Com menos verve, Guedes lembra seu ídolo Mario Henrique Simonsen, que vivia às turras com os colegas do governo Figueiredo. Quando Cesar Cals falou da possibilidade de gerar energia a partir do gás metano retirado do estrume, MHS retrucou: ‘ah, então você quer criar a Bostabrás?!’”, diz o jornalista, ao lembrar passagem da época do regime militar.
“MHS tinha predileção em atazanar Mario Andreazza, o ministro das grandes obras. MHS cunhou uma moeda paralela no orçamento público, os ‘andreazzas’, equivalente a 1 trilhão de cruzeiros. Quando alguém falava em mais verbas, ele dizia: ‘ah, isso vai custar x andreazzas’”, acrescenta.
“MHS perdeu muitos pontos no Congresso quando de brincadeira sugeriu uma lei para pagar aos políticos 10% de comissão nas emendas ‘e assim economizar os 90% de gastos numa obra inútil’. Ah, houve comemoração quando ele saiu do governo”, completa.
1/Quando está sob pressão, o que tem sido comum ultimamente, Paulo Guedes telefona para alguns jornalistas para reclamar. São ligações de 40 minutos, uma hora, uma hora e meia, nas quais o ministro fala sem parar, chama seus colegas de incompetentes e os políticos de gângsters+
— thomas traumann (@traumann) October 27, 2021
4/MHS tinha predileção em atazanar Mario Andreazza, o ministro das grandes obras. MHS cunhou uma moeda paralela no orçamento público, os “andreazzas”, equivalente a 1 trilhão de cruzeiros. Quando alguém falava em mais verbas, ele dizia: “ah, isso vai custar x andreazzas”.
— thomas traumann (@traumann) October 27, 2021
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Polêmica Paraíba