
Uma pesquisa realizada pela agência de inteligência de dados Ponto Map e pela V-Tracker, plataforma de monitoramento de redes sociais, foi divulgada neste final de semana pelo jornal Folha de São Paulo. Os resultados mostram que as mídias tradicionais, com destaque para o rádio, e o jornalismo profissional são considerados os meios de comunicação mais confiáveis pela população brasileira.
Por outro lado, as redes sociais e os influenciadores digitais aparecem como os menos confiáveis, conforme os dados apresentados. O rádio lidera em confiabilidade, com 81%, seguido pela TV fechada (75%), TV aberta (70%), mídias impressas (68%) e portais de notícias (59%). Em comparação, WhatsApp, Telegram e Discord têm uma taxa de confiabilidade de 51%, enquanto blogs (43%), redes sociais (41%) e influenciadores digitais (35%) são vistos de maneira menos positiva.
Sites governamentais (71%), de empresas (70%), publicidade (70%), comunicações internas (69%) e redes sociais de empresas, instituições e governos (60%) também obtiveram índices favoráveis, com 60% ou mais de aprovação.
Marília Stabile, fundadora da Ponto Map, comentou: “Com o excesso de fake news e a quantidade imensa de informações disponíveis, as pessoas tendem a buscar a imprensa tradicional, que se responsabiliza, possui CNPJ e endereço. A geração prateada [com mais de 60 anos] é mais crítica, enquanto a geração Z [nascidos entre 1995 e 2010] considera a imprensa tradicional como mais confiável.”
A pesquisa entrevistou 2.051 pessoas de todas as regiões do país, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais, alinhada com o Censo do IBGE de 2022.
Embora as redes sociais tenham uma confiabilidade considerada baixa (41%), elas são as plataformas de comunicação mais acessadas, com 74% dos entrevistados utilizando-as, um percentual ligeiramente superior ao de WhatsApp e Telegram (73%).
Os fatores que melhoram a reputação dos veículos de comunicação, segundo a pesquisa, incluem a utilização de fontes confiáveis (51%), apresentação de números claros (35%), qualidade do conteúdo (32%), profissionalismo dos apresentadores ou jornalistas (31%) e a reputação ou tradição do veículo (21%).
Redação com Folhapress.