O pedido de afastamento da deputada federal Flordelis dos Santos (PSD-RJ) das funções públicas já tem data de julgamento na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: no dia 23 de fevereiro, cinco desembargadores irão definir se a 5ª deputada federal mais votada no estado deve ser afastada do cargo parlamentar até que o processo em que é ré por ser a mandante do homicídio do marido, o pastor Anderson do Carmo, seja concluído. A informação é da revista Veja online.
A congressista foi acusada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Ministério Público estadual de ser a mentora do complô para assassinar o marido, morto a tiros na garagem de casa em junho de 2019. A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, acolheu a denúncia, mas decidiu improcedente o afastamento de Flordelis do cargo de deputada federal devido à imunidade parlamentar. A deputada nega todas as acusações.
No final do ano passado, o promotor Carlos Gustavo Coelho de Andrade recorreu da decisão na 2ª instância. Analisado pela Procuradoria de Justiça antes de ir a julgamento, o pedido ganhou parecer favorável da procuradora Maria Christina Pasquinelli Bacha de Almeida, que apontou um possível uso do cargo para que Flordelis se favoreça no processo criminal em que é ré pela morte do marido ou mesmo que intimide testemunhas.
Na Câmara dos Deputados o processo de cassação do mandato de Flordelis está parado na mesa diretora desde o ano passado. Não há previsão de que ele seja encaminhado para a Comissão de Ética, cujos membros da nova gestão ainda não foram designados. Flordelis apoiou o deputado Arthur Lira (PP-AL) para a eleição da presidência da Câmara. Lira foi a aposta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Quando ele ganhou, a deputada postou uma foto comemorativa abraçada com Lira. Na legenda, escreveu: “Vencemos! Agora a Câmara terá voz”.
Fonte: Veja online
Créditos: Veja online