O advogado Geraldo Prado, suspeito de ter recebido R$ 1,5 milhão do PCC para entrar no STF contra uma portaria do Ministério da Justiça, foi testemunha de Dilma Rousseff no processo de impeachment. Ele também produziu pareceres para a defesa de Lula na Lava Jato. A informação é do site O Antagonista.
Segundo o site, desembargador aposentado do TJRJ, Prado atua hoje como consultor jurídico e acadêmico, sendo membro do Centro de Investigação em Direito Penal e Ciências Criminais da Universidade de Lisboa. Na mensagem extraída pela Polícia Civil do celular de Décio Português, contador do PCC, há menção ao valor de R$ 3,2 milhões a advogados.
Segundo as investigações, outro advogado, Carlos Nicodemos teria recebido R$ 1 milhão para mover na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA uma ação contra a portaria 157, que restringe visitas a presídios federais.
Cerca de R$ 1,5 milhão teria sido destinado a Geraldo Prado, que entrou com uma ADPF no STF em nome do PT e do Instituto Anjos da Liberdade, uma ONG do Rio de Janeiro, que receberia outros R$ 700 mil pela mesma ação.
Também nesta segunda-feira (07), a revista Veja informou que “a Polícia Civil pedirá à Justiça de São Paulo a quebra dos sigilos bancário e fiscal do advogado do PT Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, suspeito de ter recebido 1,5 milhão de reais do PCC para ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação contra uma portaria do Ministério da Justiça”.
Outro lado
O advogado Geraldo Prado afirmou, em nota, que atua “pro bono” (gratuitamente) numa ação ajuizada pelo PT e pelo Instituto Anjos da Liberdade no STF contra a portaria do início do ano, editada por Sergio Moro, que restringiu a visita de crianças a detentos em presídios federais.
“Sou militante da causa dos direitos humanos há mais de trinta e cinco anos, quer como promotor de Justiça, magistrado, advogado ou professor de direito. Nesta condição, fui procurado em 2018 pelo Instituto Anjos da Liberdade (IAL), de cuja existência tomei conhecimento durante Seminário na OAB/RJ no mesmo ano, para, em seu nome, atuar na defesa de direitos de vulneráveis”, diz a nota.
Fonte: Polêmica Paraíba com informações de Veja e O Antagonista
Créditos: Polêmica Paraíba com informações de Veja e O Antagonista