Um inquérito aberto a pedido do Ministério Público Federal (MPF) investiga se o Twitter cometeu a prática de censura sobre publicação relacionada à Covid-19 feitas pelo Ministério da Saúde na rede social.
Autor do despacho, o procurador da República Ailton Benedito de Souza, de Goiás, sustenta que o Twitter marcou como “enganosa” uma publicação institucional em que a pasta orienta tratamento a pessoas infectadas pelo coronavírus.
Especialistas ouvidos pela mídia têm dito que essa forma de tratamento não é eficaz, mas o Ministério da Saúde reforça que o atendimento precoce é essencial para diminuir as chances de agravamento dos sintomas.
O post, realizado em 16 de janeiro, traz a foto de um médico junto com a seguinte mensagem: “Para combater a Covid-19, a orientação é não esperar. Quanto mais cedo começar o tratamento, maiores as chances de recuperação. Então fique atento! Ao apresentar sintomas da Covid-19, #NãoEspere, procure uma Unidade de Saúde e solicite tratamento precoce”.
Sobre o texto, o Twitter anexou um recado afirmando que o post “violou regras do Twitter sobre publicações de informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à covid-19”.
Para o procurador, a medida tomada pelo Twitter estaria impedindo um órgão do poder público a prestar informações importantes para a sociedade durante a pandemia.
“Informações sobre políticas, programas, ações e serviços e saúde voltados ao enfrentamento à pandemia de covid-19 devem ser amplamente informados pelo Poder Público à sociedade, por todos os meios disponíveis, inclusive a internet, não cabendo as plataformas ou provedores de aplicações, por atos próprios, criar obstáculos de qualquer natureza, ao fluxo das comunicações”, diz Souza no despacho.
Fonte: Polêmica Paraíba com SBT
Créditos: Polêmica Paraíba com SBT