A inflação do aluguel teve alta de 0,74% em dezembro. Porém, no acumulado de 2023, o indicador apresentou queda de 3,18%, a maior baixa anual da série histórica. Os dados são do IGP-M (Índice Nacional de Preços — Mercado), levantado pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
No mesmo mês do ano passado, a variação mensal havia sido de 0,45%. Em 2022, o indicador teve expansão de 5,45%.
“O IPA (Indice de Preços ao Produtor Amplo), índice que exerce a maior influência sobre o IGP-M, também registrou a menor taxa de variação de sua série histórica para os doze meses findos em dezembro, -5,60%. Ainda no índice ao produtor, os itens que mais contribuíram para a queda da taxa do indicador em 2023 foram: soja (-21,92%), milho (-30,02%) e óleo diesel (-16,57%). O IPC (O Índice de Preços ao Consumidor) fechou 2023 com alta de 3,40%. No âmbito do consumidor, as maiores influências partiram dos itens: gasolina (11,08%), plano de saúde (10,36%) e aluguel residencial (7,15%)”, explica André Braz, coordenador do estudo.
Apesar de o número ter sido positivo em dezembro, ele não foi capaz de impedir que 2023 apresentasse queda. No acumulado dos 12 meses anteriores, o IGP-M está no campo negativo desde abril.
O percentual acumulado do IGP-M é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês. Entretanto, a maioria dos contratos possui cláusulas que barram o reajuste negativo do indicador, o que deve ocasionar a manutenção do valor pago atualmente pelos inquilinos.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.
Fonte: R7
Créditos: Polêmica Paraíba