O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (10) que a chamada ideologia de gênero é “coisa do capeta” e que as leis existem para proteger as maiorias.
Bolsonaro participou da Marcha para Jesus em Brasília, cumprimentou fiéis e subiu ao trio elétrico com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
“O presidente vai respeitar a inocência das crianças em sala de aula. Não existe essa conversinha de ideologia de gênero. Isso é coisa do capeta”, afirmou.
A expressão ideologia de gênero, que não é reconhecida pelo mundo acadêmico, normalmente é usada por grupos conservadores que se dizem contrários às discussões sobre diversidade em termos de identidade de gênero e de orientação sexual.
Bolsonaro faz uso frequente do conceito para criticar governos de esquerda e políticas educacionais que estariam, na visão dele, desviando da concepção tradicional cristã da família, composta por um homem e uma mulher.
A teoria de gênero, reconhecida academicamente, estabelece que gênero e orientação sexual são construções sociais, e não apenas determinações biológicas. Já para segmentos da direita, a “ideologia de gênero” é um ataque ao conceito tradicional de família.
O termo “ideologia de gênero” foi criado pela Igreja Católica e citado pela primeira vez em 1998, em uma nota da Conferência Episcopal do Peru. Ele acabou adotado por grupos radicais de direita.
“Não discriminamos ninguém, não temos preconceito. E deixo bem claro, as leis existem para proteger as maiorias. O que a minoria faz sem prejudicar a maioria, vá ser feliz. Não podemos admitir leis que nos tolham, que firam os nossos princípios”, disse.
Fonte: Folha UOL
Créditos: Folha UOL