
O deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos), presidente da Câmara Federal, viajou com a família para o exterior e avisou a líderes partidários que só retornará ao Brasil após o feriado da Páscoa. Com isso, fica protelada para depois da Semana Santa uma decisão sobre os destinos do projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e do processo de cassação do deputado Glauber Braga, do Psol-RJ, como informa o portal “Metrópoles”.
Políticos em Brasília avaliam que foi uma “retirada estratégica” de Hugo Motta diante do recrudescimento das pressões para colocar em pauta a urgência da votação do projeto de anistia no plenário da Casa. O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve reunido com Hugo Motta e insistiu na aceleração de uma decisão. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que com Motta fora do Brasil só apresentará o requerimento de urgência do projeto de anistia na reunião de líderes do dia 24 de abril.
Anistia e votação no congresso
Nesse cenário, a expectativa de Sóstenes é que a urgência seja votada apenas no final do mês. O líder do PL, porém, ainda tenta colher as 257 assinaturas mínimas necessárias para que o requerimento seja votado. Bolsonaro programou viagem ao Nordeste esta semana, para participar de um evento no Rio Grande do Norte em defesa da anistia. Por causa da viagem ao exterior, Hugo Motta deixou de realizar a tradicional reunião de líderes, ontem, e avisou a líderes que vai liberar votação remota durante toda a próxima semana.
Os trabalhos serão comandados pelo vice-presidente da Câmara, deputado Altinêu Cortes (PL-RJ), que já avisou que não tomará qualquer decisão sobre anistia nesse período.
Nonato Guedes