O aumento explosivo de internações por Covid-19 levou o hospital Albert Einstein a bloquear pacientes de outros estados. Há alguns meses, quando os casos baixavam no país todo, doentes de outras regiões chegaram a ocupar 25% dos leitos de UTI do hospital.
“Sempre atendemos pessoas de todo o Brasil. Mas precisamos nos preocupar para que não faltem leitos para a nossa comunidade, que é São Paulo”, diz o presidente do hospital, Sidney Klajner.
Hospital registra recorde de internados
O hospital registra recorde de internações pela doença: 140 pacientes, o maior número desde o início da pandemia.
Segundo Sidney Klajner, o aumento do número não é só um reflexo das festas de fim de ano, mas se deve também à flexibilização do isolamento social desde novembro de 2020.
“É um reflexo, mas que começou em meados de novembro. Começou a ver um afrouxamento, um retorno com as aglomerações e um abandono do uso da máscara”, diz.
“E aquilo que nós temíamos, que eram as festas de fim de ano, especialmente as viagens, [fez com que o] número que estava em torno de 108, 110 pacientes [internados] na virada, passasse para 120, 130, e hoje tem 141 pacientes, que é maior que o pico que tivemos em abril”.
Perfil dos pacientes
Klajner afirma que a busca por atendimento aumentou entre os jovens, mas a internação continua com maior incidência entre população de mais alto risco, como aqueles com mais de 60 anos e com doenças crônicas.
“A transmissibilidade do vírus aumentou muito por conta desses eventos, jantares, comemorações, especialmente entre os jovens de 20 a 30 anos que em determinado momento deixaram de cumprir as regras de distanciamento. E eles são vetores que trazem as infecções para dentro de casa, onde pode ou não haver pacientes de mais alto risco”, explica.
“E isso é mais grave nos casos que adquirirem infecção de modo assintomático, portanto não sabem que estão doentes e levam para casa a doença”.
Fonte: Folha de S. Paulo e CNN
Créditos: Polêmica Paraíba