O próximo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou nesta terça-feira (13) que o economista Gabriel Galípolo será o secretário-executivo da pasta a partir de janeiro de 2023, no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O cargo é considerado número dois na hierarquia de um ministério.
O anúncio veio após reunião de Haddad com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Pela manhã, o futuro ministro da Fazenda já havia se reunido com o atual ministro da Economia, Paulo Guedes.
Galípolo é ex-presidente do banco Fator e muito próximo de Haddad e Lula. Hoje com 39 anos, é professor da UFRJ, pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e conselheiro da Fiesp.
Galípolo trabalhou na Secretaria Estadual de Economia e Planejamento durante o governo de José Serra, em São Paulo. Há mais de 10 anos é próximo ao PT – em 2010, colaborou na construção do plano de governo do ex-ministro Aloizio Mercadante e ajudou na campanha de Lula em 2022.
Entre os pontos defendidos pelo economista que chamam mais atenção do mercado estão a independência do Banco Central e o teto de gastos. Para ele, o país não deveria ter um regime fiscal pró-cíclico, ou seja, que acaba acentuando o ciclo econômico para o bem ou para o mal.
Ele entende que o mais indicado, quando a economia piora, seria expandir os gastos públicos, e não cortar como exige o teto. Nas suas palavras, o teto ruiu e é preciso pensar em uma regra fiscal que tenha horizonte temporal mais amplo, por isso ele defende a PEC da Transição.
No mês passado, durante o Fórum Esfera Brasil, Galípolo afirmou que o teto de gastos já passou da fase do funeral e que está mais “para a missa de sétimo dia”. A PEC da Transição prevê que o governo apresente uma nova regra fiscal em 2023.
Fonte: Info Money
Créditos: Polêmica Paraíba