O ministro Paulo Guedes, da Economia, diz não ter “a menor ideia” de quem fez o relatório sobre influenciadores da internet, dividido entre “detratores”, “neutros” e a favor. E diz que vai demitir quem encomendou o trabalho.
“Sou um cara transparente, aberto. Nunca encomendaria algo para saber quem fala mal ou quem fala bem de mim”, diz o ministro Paulo Guedes.
A informação foi revelada nesta terça-feira (1º) pelo jornalista e colunista do UOL Rubens Valente.
De acordo com a publicação, a empresa BR+ Comunicação foi contratada pelo governo federal para orientar como devem ser tratados 81 jornalistas e formadores de opinião considerados influentes nas redes sociais.
Intitulado “Mapa de influenciadores”, o levantamento analisou postagens do mês de maio de 2020 sobre o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes.
“Vivo tomando porrada e nem para reclamar”, diz ele, em tom humorado. “Quando vejo uma informação que acho equivocada, ligo direto para os jornalistas e converso”, afirma Guedes.
Ele afirma reconhecer que o governo, na área econômica, “tem problemas. Nos comunicamos muito mal”.
“Estamos fazendo coisas muito bacanas que não conseguimos comunicar. Isso é um problema. E há também narrativas politizadas. Mas eu jamais encomendaria uma lista como essa”, finaliza.
No grupo de jornalistas considerados “detratores”, composto por 81 nomes, estão jornalistas como Vera Magalhães, Guga Chacra, Cynara Menezes, Carol Pires, Luis Nassif e Rachel Sheherazade, além dos professores universitários Silvio Almeida, Laura Carvalho e Conrado Hübner Mendes.
Na categoria “neutros informativos” são citados oito nomes: Alex Silva, Malu Gaspar, Altair Alves, Cristiana Lôbo, Mônica Bergamo, Marcelo Lins, Ricardo Barboza e Octavio Guedes.
Entre os 23 “favoráveis”, constam nomes como o apresentador Milton Neves, o escritor Rodrigo Constantino, o influenciador bolsonarista Guilherme Fiuza, o empresário Winston Ling e a youtuber Camila Abdo.
Para o relacionamento com o primeiro grupo, de “detratores”, são feitas recomendações de envio de matérias e projetos do Ministério da Economia.
Já para o grupo de “favoráveis”, a BR+ Comunicação recomenda, para além do envio de materiais relacionados à pasta, que sejam feitas parcerias para divulgar as ações da Economia.
Fonte: Notícias ao minuto
Créditos: Polêmica Paraíba