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Governo planeja congelar benefícios de quem ganha acima de um salário mínimo para bancar Renda Brasil

Governo planeja congelar benefícios de quem ganha acima de um salário mínimo para bancar Renda Brasil

Bolsonaro vetou a apresentação do programa na terça (7) por alternativas impopulares

Como forma de manter o teto de gastos do Governo Federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes e sua equipe seguem planejando cortes como forma de viabilizar o programa Renda Brasil. Agora, uma das alternativas estudadas pela pasta é congelar os benefícios previdenciários de quem ganha mais do que um salário mínimo.

A medida, porém, ainda não alcançaria o valor necessário para bancar o programa social, de acordo com o Painel, da Folha de S. Paulo. O estudo mostra que a economia gerada com os cortes seria inferior aos 25 bilhões de reais que o governo busca para colocar o projeto em prática.

O presidente Jair Bolsonaro desistiu do lançamento do programa nesta terça-feira (6), por conta de disputas internas no governo, exatamente sobre as possíveis fontes de financiamento da iniciativa. O Renda Brasil pretende substituir o Bolsa Família e atender aos beneficiários do auxílio emergencial, que acaba em dezembro.

Bolsonaro teria travado a tramitação do programa em razão das alternativas impopulares apresentadas pelo relator Marcio Bittar (MDB-AC), pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e por Paulo Guedes, segundo informa O Globo. O plano de Bittar envolveria o congelamento de salários e progressões de servidores, além de redução de jornada e remuneração.

Outra alternativa seria utilizar precatórias e Fundeb para driblar o teto, porém não foi bem vista por Guedes, apesar de ter sido aceita como uma última opção. Essa fórmula foi vista como uma espécie de pedalada.

Pela proposta, o governo prevê limitar a 2% da receita corrente líquida o gasto com precatórias (ordem para pagamento de dívidas de órgãos públicos federais). O que sobrasse, até R$ 55 bilhões, seria usado para financiar o Renda Cidadã. Além disso, o governo quer usar 5% dos recursos novos do Fundeb.

 

Fonte: Revista Fórum
Créditos: Polêmica Paraíba