Emperrada no Congresso Nacional desde o final de 2016, a reforma da Previdência ainda está longe de economizar o R$ 1 trilhão prometido pelo governo, mas já consumiu R$ 183 milhões em campanhas publicitárias, pesquisas e até em sites que não existem mais. De acordo com levantamento feito e esse valor foi contratado durante a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), mas o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) também já autorizou o gasto de mais R$ 12 milhões em campanhas sobre o tema.
A reforma da Previdência foi bandeira do governo Temer e é a principal aposta do governo do presidente Jair Bolsonaro. Em dezembro de 2016, Temer apresentou o seu projeto ao Congresso Nacional e deu início a uma campanha publicitária com o intuito de convencer a população sobre a necessidade de a proposta ser aprovada.
O fluxo dos pagamentos mostra o empenho do governo em tentar fazer a reforma andar. Em 2017, o governo desembolsou R$ 103 milhões. No ano seguinte, o último de sua gestão e já bastante desgastado, Temer pagou R$ 79 milhões. Em 2019, já sob a gestão de Bolsonaro, o governo pagou R$ 269 mil, valor referente a contratos firmados em anos anteriores.
Apesar de ter maioria no Congresso e dos gastos em publicidade, Temer não conseguiu aprovar a reforma. Analistas afirmam que um dos motivos que levaram à não aprovação da proposta foram as denúncias por corrupção feitas contra ele pela PGR (Procuradoria-Geral da República) resultante das delações premiadas de executivos da JBS e da Odebrecht.
Fonte: UOL
Créditos: UOL