Uma operação política que contou com a participação de ministros militares com a articulação política no Senado conseguiu suspender a apresentação do requerimento de convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, para a CPI da Pandemia.
No Senado, a operação foi liderada pelo líder do governo na casa, Fernando Bezerra Coelho. Eles conseguiram formar uma maioria dentro da CPI contra a convocação de Braga Netto o que fez a cúpula do CPI recuar e não apresentar o requerimento de convocação.
Hoje, além dos quatro senadores governistas, Marcos Rogerio, Luis Carlos Heinze, Jorginho Mello e Eduardo Girão, outros três senadores se opuseram a ida do general à comissão: Eduardo Braga, Otto Alencar e Tasso Jereissatti.
A cúpula da CPI desistiu por ora de apresentar o requerimento e agora traça estratégias para tentar reverter esse cenário. Uma possibilidade é que Tasso e Braga deem lugar a suplentes na comissão para que eles votem pela convocação de Braga. A prevalecer essa hipótese, entrariam no lugar de Braga e Tasso os senadores Jader Barbalho e Izalci Lucas.
Outra possibilidade é tentar pelo menos convencer Tasso a rever sua posição. O problema é que com isso o cenário seria de empate, com cinco votos a favor da convocação e cinco contrários, dando ao presidente da CPI, Omar Aziz, o voto de minerva. Omar, contudo, tem dito que não quer se manifestar sobre isso. E como cabe a ele pautar o requerimento, neste cenário ele não iria pautar.
Na noite desta terça-feira, uma nova reunião da cúpula da CPI deverá ocorrer na residência de Omar para debater esse e outros requerimentos.
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba