Um dos sites mais populares do início dos anos 2000, o Fotolog saiu do ar no começo de janeiro sem dar qualquer tipo de aviso, removendo todo o conteúdo dos seus usuários.
A rede social, uma parente distante do Instagram, surgiu em 2003, e tinha uma premissa simples. Por dia, a pessoa podia subir uma única foto e receber um número limitado de comentários. Se o usuários quisesse ir além, era preciso pagar por um pacote ilimitado.
O surgimento de novas redes sociais, como o Orkut e, mais tarde, o Facebook e o Instagram, que permitiam fotos e comentários praticamente infintos, fez com que o Fotolog acabasse deixado de lado.
“Como eu era adolescente, o interesse pelas coisas mudava muito fácil e surgiram outras redes sociais que a gente queria desbravar. Da mesma forma, o Facebook acabou atropelando o Orkut depois”, diz o estudante Leonardo Alves, 23, usuário ativo da rede por anos.
O Fotolog foi abandonado, mas o conteúdo continuou na rede. Aí surgiu um problema para diversos usuários. O que fazer com aquele passado, muitas vezes indesejado, que teimava em retornar?
“Queria apagar fotos de um ex-namorado”, diz Andréia Lopes, 24, usuária do Fotolog entre 2007 e 2011. “Eu não faço ideia de qual era o meu e-mail e não consegui recuperar a senha de jeito nenhum. E como mais ninguém falava do Fotolog, eu acabei esquecendo da existência dele e deixei para lá.”
Quem tentava entrar clicar no botão para recuperar a senha do Fotolog era informado que um e-mail, que nunca chegaria, foi enviado com a nova. A rede também não respondia às reclamações dos usuários que entrassem em contato nem postassem em sites como o ReclameAqui.
FAMA
O Fotolog também serviu para que algumas pessoas ganhassem notoriedade dentro e fora da internet, de uma forma parecida com os atuais youtubers.
O maior exemplo é a apresentadora MariMoon, que passou a fazer campanhas publicitárias e foi contratada pelo canal MTV, após ser descoberta no Fotolog, onde foi uma usuária assídua entre 2003 e 2011.