A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) está estudando a possibilidade de remover as faixas exclusivas para ônibus em Fortaleza. A medida surge em resposta ao aumento significativo da circulação de veículos particulares na cidade, fator que tem gerado congestionamentos e alimentado debates sobre a mobilidade urbana.
A discussão ganha força após a liberação temporária da faixa exclusiva da Avenida Domingos Olímpio para carros até o dia 10 de março, devido à montagem das arquibancadas para o Carnaval. Especialistas apontam que essa experiência pode servir como um teste para futuras mudanças permanentes na política de mobilidade da capital cearense.
O debate sobre a liberação das faixas exclusivas também ocorre em João Pessoa. No início do mês de fevereiro, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) da capital paraibana confirmou que a medida está em fase de testes e pode se tornar definitiva. Desde 27 de janeiro, motoristas de veículos particulares estão autorizados a trafegar nas faixas antes restritas aos ônibus. A medida foi adotada inicialmente para minimizar os impactos da paralisação dos motoristas de transporte coletivo, que resultou em maior demanda por transportes alternativos e por aplicativos.
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“Aquela faixa pode ser também utilizada pelo cidadão, dando preferência ao transporte urbano. O cidadão pode trafegar tranquilo, estamos no momento de teste”, afirmou o superintendente da Semob, Marcilio Siqueira.
A possível remoção das faixas exclusivas levanta questionamentos sobre seus impactos no trânsito. De um lado, motoristas de carros particulares podem se beneficiar com maior fluidez viária, mas, por outro, especialistas alertam que a medida pode comprometer a eficiência do transporte público, prejudicando milhares de passageiros que dependem diariamente dos ônibus.
