Com a redução no valor do auxílio emergencial, a fila de espera para entrar no Bolsa Família subiu. No fim de setembro, ela alcançou o patamar de 1 milhão de cadastros.
A lista, portanto, voltou ao que foi registrado no fim do ano passado, quando, após sucessivos cortes da cobertura e congelamento do ingresso ao programa, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) deixou 1 milhão de famílias à espera de assistência social.
O Ministério da Cidadania havia suspendido a análise dos requerimentos para acesso ao Bolsa Família durante o pagamento do auxílio emergencial no valor de R$ 600 por pessoa.
O motivo é que a distribuição do benefício emergencial atendeu a mais pessoas que o programa social.
No fim de setembro, o governo passou a cortar o auxílio emergencial para o valor de R$ 300. O ministério voltou a avaliar cadastros no Bolsa Família.
Segundo dados obtidos pela Folha, chegou a 999.673 o número de famílias que preencheram os requisitos, mas ainda aguardam para entrar no programa.
A tendência, porém, é a fila subir ainda com o fim do auxílio, previsto para janeiro do próximo ano. A avaliação é de técnicos do governo.
A crise econômica provocada pelo novo coronavírus e a possibilidade de uma segunda onda na pandemia, segundo eles, devem aumentar a pobreza no país.
O orçamento do Bolsa Família foi reforçado para o próximo ano. Os recursos passaram de R$ 32,5 bilhões em 2020 para R$ 34,9 bilhões. Mesmo com o aumento, o programa deve começar 2021 já pressionado.
Atualmente, são atendidas 14,28 milhões de famílias. A verba prevista para o próximo ano é suficiente para transferir renda para 15,2 milhões de famílias.
Fonte: Folhapress
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