No domingo de Páscoa, “fiscais da espiritualidade e da virtude”, adeptos da esquerda, resolveram protestar contra igrejas e ministérios que subscreveram a carta aberta do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) aos ministros do STF, requerendo o fim das proibições de cultos na semana da Páscoa. O documento é um apelo ao STF para lembrar que o Estado não tem o direito de fechar igrejas ou proibir cultos, algo impensável numa democracia.
Até onde percebo, pastores sensatos não estão constrangendo ninguém a frequentar os cultos, e têm usado de discernimento e prudência nos encontros da igreja, seguindo protocolos de prevenção recomendados pela OMS, MS e pelo consenso da comunidade científica. Por outro lado, igrejas e instituições cristãs têm defendido o direito à liberdade religiosa e ao culto, bem como o dever bíblico de socorrer quem precisa. Ninguém tem o direito de proibir o culto presencial nem de obrigar quem optou pela interrupção a retomar o culto presencial. Os limites impostos pelo Estado, tais como restrições do número de membros no culto, uso de máscara, distanciamento social, entre outros, é razoável e adequado ao tempo em que estamos vivendo, além de permitido em dois tratados sobre direitos humanos que o Brasil é signatário (PIDCP e PSJCR). Todavia, reitero, a proibição é impensável.
Por exemplo, numa igreja em São José dos Campos-SP os pastores realizaram cinco reuniões para o culto de Páscoa, desde as 8h da manhã, recebendo no máximo de 20 pessoas num prédio que comporta facilmente 300 pessoas, seguindo com rigor os cuidados sanitários e oferecendo, em liturgia simples e breve, alimento espiritual pela pregação de Cristo crucificado e ressurreto ao povo de Deus. Em Niterói-RJ uma igreja realizou três cultos durante o domingo, atendendo 150 pessoas. Mas esse tipo de cuidado amoroso e responsável não combina com a lacração dos esquerdistas “evangélicos”.
É inegável que esses “cristãos progressistas” são estatistas. Para eles, a liberdade de culto é uma concessão do Estado, uma liberdade privada, e não um dom concedido por Deus. Se dizem defensores do Estado laico, mas querem que a igreja se submeta ao Estado – o que é totalmente contraditório, pois a laicidade pressupõe separação dessas duas esferas.
Aliás, alguns desses críticos ou são pastores que se orgulham de estar há mais de um ano sem cultuar, ou de gente que sequer é membro de alguma igreja local.
Um deles é um tiete arrependido, que parece viver aterrorizado pelo medo. O curioso de ser atacado em nossa honra por pessoas que não sabem nada sobre a nossa vida é que o ataque geralmente nos acusa de ser mercenários ou movidos por interesse em dinheiro. Não que eu deva satisfação a gente amarga e maliciosa, mas não me importo em dizer que sou pastor plantador de igreja, mas obtenho meu sustento como professor, escritor e administrador. Outros colegas atacados, como o amigo Tiago Santos, também não dependem do sustento de sua igreja.
Outro é um tal de Thiago Surian, que se diz pastor luterano. Mas parece ser mais membro da “Igreja Vermelha”, e vive me difamando e mentindo a meu respeito. Como, à semelhança do Grima, deve ter língua bifurcada, inventou meses atrás que ensino “justificação pela política”. Pelo jeito, é uma viúva chorosa do Partido dos Trabalhadores.
Há também um aspirante a acadêmico, Caio Peres, que atacou algumas das pessoas e organizações que subscreveram o documento. Ao que me consta, não é membro de igreja nenhuma, mas se acha no direito de, do alto de sua empáfia, postar-se como censor das igrejas evangélicas no Brasil.
No passado, ele me atacou, relacionando-me ao problema da imigração ilegal nos Estados Unidos. Mas, como bom burguês vermelho, fez seus estudos numa universidade privada na Holanda. Aliás, ele viveu naquele país no auge da crise de refugiados que chegaram na Europa. Onde estão as fotos dele recebendo refugiados sírios, afegãos e iraquianos na sua casa?
Parece que o seu maior feito, até agora, foi estudar a vida inteira para organizar um curso num seminário, que não contou com o interesse de sequer um aluno. O curso foi cancelado. O que, dada a aderência do rapaz à teologia liberal e a imensa arrogância que ele demonstra, talvez tenha sido uma bênção para o seminário.
No fim, o palavreado de gente como Caio Peres e Thiago Surian é vazio. Como esquerdistas que são, se alimentam de ressentimento e transpiram meras ilações e hipocrisia. Ah! E replicam o discurso de ódio do bem.
Esses desejam ser juízes da consciência alheia, vigiando líderes que agem dentro de sua liberdade cristã e constitucional, e acham-se com o monopólio da virtude, querendo também ensinar pastores muito mais experientes que eles como devem cuidar de suas igrejas. Parafraseando o amigo Renato Vargens, tenho um ministério na internet, mas não sou pastor da internet. Durante essa pandemia, tenho cuidado daqueles que Deus colocou sob minha responsabilidade. Portanto, “cristãos” esquerdistas que se escondem atrás do computador não têm moral para falar de cuidado de vidas, ao mesmo tempo que politizam o trabalho pastoral de quem, mesmo diante desta tragédia, tem trabalhado para sustentar e socorrer os que sofrem.
Aliás, curiosamente, essas pessoas não tiveram coragem de atacar o IBDR, que produziu a nota. Por que será?
por Franklin Ferreira, bacharel em Teologia pela Universidade Mackenzie e mestre em Teologia pelo Seminário Batista do Sul (RJ). Diretor do Seminário Martin Bucer e consultor acadêmico de Edições Vida Nova, Franklin é co-autor do livro “Teologia Sistemática” e autor dos livros “Servos de Deus” (Fiel) e “A Igreja Cristã na História” (Vida Nova).
Fonte: Facebook Franklin Ferreira
Créditos: por Franklin Ferreira