O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (15) que não vai tomar a vacina contra a covid-19. Ele já foi diagnosticado e se curou da doença em julho. Mais uma vez, o presidente defendeu não obrigar a vacinação de todos. Cientistas acreditam que as falas desestimulam a vacinação em massa, e dizem que não é momento para debater a obrigatoriedade ou não da vacina.
“Como cidadão é uma coisa e como presidente é outra. Mas como nunca fugi da verdade, digo: não vou tomar a vacina. Se alguém acha que minha vida está em risco, o problema é meu e ponto final”, declarou Bolsonaro ao apresentador José Luiz Datena, da TV Band.
Desde o início, ainda em março, Bolsonaro nega a gravidade da pandemia, critica o isolamento social e poucas vezes usa máscara em eventos públicos. Mais recentemente veio à tona o assunto da não obrigatoriedade do imunizante. A postura é diferente de outros líderes estrangeiros, que têm falado em tomar a vacina para incentivar a sociedade.
Bolsonaro disse ainda que, em sua visão, o cidadão que for vacinado irá ter que repetir a dose “daqui a dois, três ou quatro anos”.
“Você tomando a vacina, daqui a dois, três ou quatro anos vai ter de tomar de novo, caso contrário pode ser infectado. Temos de respeitar quem não queira tomar. Não pode ser obrigatória”, continuou Bolsonaro.
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Para a virologista Giliane de Souza Trindade, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o governo parece trabalhar contra a vacina. “Se ele estivesse preocupado em zelar pela saúde, deveria ser o primeiro a dar exemplo. Isso faz muito mal e tem repercussões lá fora”, disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que essa e outras posturas de Bolsonaro são lamentáveis e afirmou ter “fé” de que Bolsonaro compreenda o papel que a sociedade reservou a ele.
Bolsonaro ainda disse que dará “sinal verde” para qualquer imunizante com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte: Polêmica Paraíba com Terra
Créditos: Polêmica Paraíba com Terra
