Prazo

Fachin dá 5 dias para Lula esclarecer se quer discutir inelegibilidade

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de até cinco dias para a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esclarecer se quer ou não que a Corte discuta a questão de inelegibilidade dentro da petição de liberdade do petista. Lula está preso desde o dia 7 de abril na Polícia Federal em Curitiba (PR).

Na última segunda-feira (25), ao submeter a petição para o exame do plenário, Fachin destacou justamente a questão da inelegibilidade, um tema que, na sua avaliação, deveria ser apreciado pelos 11 integrantes da Corte.

Em tese, ao analisar a suspensão dos efeitos da condenação do petista, o plenário do Supremo poderia se debruçar não apenas sobre a sua liberdade, mas também sobre as condições dele disputar a Presidência da República. Ao recorrer da decisão de Fachin, a defesa de Lula alegou que inexistia qualquer pedido em relação à inelegibilidade.

O ministro, no entanto, rebateu a alegação dos advogados do ex-presidente. Ele destacou que, na petição inicial elaborada pela própria defesa, há referência ao artigo 26-C da Lei Complementar n. 64/90, que trata justamente da possibilidade de suspensão da inelegibilidade.

“A defesa pleiteia a procedência do pedido cautelar, ‘suspendendo-se, por consequência, os efeitos das decisões recorridas e inviabilizando a execução provisória da pena até o julgamento final do caso pelo Supremo Tribunal’. Tais efeitos abarcam aqueles decorrentes das decisões recorridas, não apenas a questão do direito de locomoção, mas também do tema constante do dispositivo legal mencionado pela parte (em referência à lei complementar que trata da inelegibilidade)”, disse Fachin.

Ao determinar a intimação “o mais breve possível” dos advogados de Lula, Fachin explicitou que quer a defesa esclareça “o sentido e o alcance” da menção que fez sobre o dispositivo legal que trata da inelegibilidade e, se possui ou não, interesse no exame deste ponto no processo.

Comunicação – Ao final da última sessão plenária do STF neste semestre, ocorrida na manhã desta sexta-feira, Fachin comunicou aos colegas que, após liberar para pauta do plenário o pedido de liberdade do ex-presidente, a defesa do petista entrou com recurso contra sua decisão de tirar o caso da Segunda Turma.

Segundo a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, quando o recurso for novamente liberado será julgado imediatamente. O plenário só volta a se reunir em agosto, após o recesso dos ministros. A primeira sessão está marcada para 1º de agosto.

Fonte: Noticias ao minuto
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