A maior exchange de criptomoedas do mundo, a Binance, teria mesclado bilhões de dólares do caixa da própria empresa com recursos de clientes. As informações foram compartilhadas por fontes familiarizadas com o assunto à agência de notícias Reuters.
De acordo com reportagem da agência, a suposta prática, que teria ocorrido entre 2020 e 2021, violaria exigência do mercado de capitais dos EUA e demonstraria, segundo especialistas, uma falta de controles internos da companhia.
Segundo a reportagem, uma das fontes ouvidas afirmou que recursos de clientes eram misturados ao patrimônio da corretora quase diariamente em contas no banco norte-americano Silvergate, um dos que entraram em crise em março deste ano.
Preocupações similares foram assinaladas no caso envolvendo a FTX, que faliu em novembro após roubo de fundos de clientes. Segundo a Reuters, no entanto, não há evidências de que valores de usuários da Binance tenham sido desviados.
Não se sabe a frequência ou a quantia exata movimentada nos episódios de infração, mas há alguns exemplos. Em 10 de fevereiro de 2021, diz a Reuters, a Binance misturou US$ 20 milhões do seu balanço com US$ 15 milhões provenientes de depósitos de clientes.
Em comunicado à Reuters, a Binance negou misturar depósitos com fundos da empresa. “Essas contas não eram usadas para aceitar depósitos de usuários; elas foram usadas para facilitar compras [de criptos] feitas por usuários”, disse o porta-voz Brad Jaffe.
“Não houve mistura em nenhum momento porque são fundos 100% corporativos”, falou, ressaltando que os recursos de clientes que aparecem nos extratos não foram depositados diretamente pelos usuários, mas sim pela Binance. O dinheiro, disse, seria garantia para a emissão do token BUSD, indexado ao dólar. “Exatamente a mesma coisa que comprar um produto da Amazon”, disse Jaffe.
A Binance é uma das exchances responsáveis por movimentar recursos referentes a empresas da Paraíba, que estão na mira da Justiça por não repassar valores a seus clientes.
Fonte: Com informações do Infomoney
Créditos: Com informações do Infomoney