A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), preso desde agosto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, apresentou as alegações finais no processo em que ele é acusado de improbidade administrativa, suspeito de utilizar o cargo para favorecer o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na manifestação, os advogados de Silvanei negaram que uma camisa com o 22 — número usado por Bolsonaro na campanha das eleições de 2022 —, exibida poucos dias antes do segundo turno, fosse uma propaganda política a favor de Bolsonaro. A ação por improbidade tramita na Justiça Federal do Rio de Janeiro.
“O demandado, que nunca praticou nenhum ilícito, hoje está com 12 (doze) kg a menos, preso injustamente e correndo o risco de ser envenenado na cadeia”, alega a defesa.
Camisa 22 do Flamengo
Em 26 de setembro do ano passado, Silvinei presenteou o então ministro da Justiça, Anderson Torres, com uma camisa do Flamengo, com o número 22 nas costas, no fim de um evento oficial.
Os advogados de defesa alegam que o ex-diretor-geral “não prestou atenção no que estava escrito”, por não ter sido responsável pela compra da camisa, nem ter sugerido a colocação do número. “O acusado deu um presente que não adquiriu, não sugeriu, não produziu, do qual somente tomou conhecimento na hora”, argumentam.
Além disso, a defesa contesta a veracidade da foto, já que, de acordo com o texto, não foi feita uma perícia na imagem. E, por fim, alegam que, ainda que fosse, o número poderia estar relacionado ao jogador Rodinei, que jogava usando esse número no time, o “principal astro do Flamengo na temporada”, segundo os defensores.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Metrópoles