Um morador de rua deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Peruíbe, no litoral de São Paulo, com mais de 60 larvas dentro da própria cabeça. Ele foi resgatado por equipes da Guarda Municipal. As informações são do Portal G1.
Além do tratamento médico contra a enfermidade, o homem ganhou um “dia de beleza” e retornou a casa de seus familiares.
Bruno Chehade, médico da UPA, admitiu que não esperava encontrar um paciente com berne (infestação na cabeça causa por larvas de uma mosca) avançada.
“Um amigo meu da Guarda Municipal me ligou pedindo ajuda. Ele perguntou se poderia mandar o morador de rua para a UPA pois ele estava muito mal. Eu disse que não tinha problemas. Achamos que seria só para dar um trato nele, cortar cabelo, dar um banho, mas quando começamos o corte vimos que tinha muito piolho e começou a sair uma secreção do couro cabeludo”, contou.
Constatada a berne, a equipe médica teve que raspar todo o cabelo do paciente para averiguar a gravidade. De acordo com Chehade, as lavras estavam ‘comendo’ o couro cabeludo do homem. Diante desse cenário, foi introduzida uma medicação para que as larvas saíssem de dentro da cabeça do paciente.
“Foi um trabalho manual. A equipe de enfermagem tirou uma a uma. No total, foram 62 larvas que tiramos uma a uma com a pinça. Depois disso, acolhemos ele, fizemos a internação e continuamos acompanhando. Demos banho, tratamos e conseguimos encontrar a família para que eles viessem buscá-lo”, diz.
Cinco pessoas, entre Guarda Municipal, médicos e enfermeiros, trabalharam no ‘mutirão’ para que o morador de rua tivesse o seu ‘dia de beleza’. Segundo Chehade, foram cinco horas fazendo o tratamento da doença, dando banho e cortando o cabelo.
De acordo com o G1, o homem é alcoólatra e recolhe latinhas nas ruas da cidade para sobreviver. Depois de receber alta, ele voltou para casa da família.
A berne surge em humanos quando a larvas da mosca entra abaixo da pela, através de feridas ou arranhões, causando uma ferida na pele. Depois de um período, as larvas começam a se desenvolver, alimentando-se da “carne” do indivíduo.
A berne tem cura e o tratamento deve ser orientado por um médico para remover a larva do interior da pele. Caso a berne em humanos não seja devidamente tratada, pode levar a agravamento dos sintomas, já que a larva tem capacidade de sobreviver a mais de 1 mês dentro da pele de um certo indivíduo.
Fonte: Yahoo
Créditos: Yahoo