A Indonésia anunciou nesta terça-feira (5) que iniciará a imunização contra a Covid-19 com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, no dia 13. O imunizante é desenvolvido no Brasil pelo Instituto Butantan, apoiado pelo Governo de São Paulo.
O ministro da Saúde, Budi Gunadi Sadikin, afirmou que o presidente do país, Joko Widodo, será o primeiro cidadão que receberá a dose da vacina.
Quarto país mais populoso do mundo, com mais de 265 milhões de habitantes, a Indonésia é o mais atingido pela pandemia no sudeste asiático. São 22 mil mortes e 772 mil casos confirmados, segundo a Universidade Johns Hopkins.
A Indonésia já recebeu 3 milhões de doses da CoronaVac e tem acordo também com as farmacêuticas Pfizer/BioNTech e a AstraZeneca, que desenvolve um imunizante em parceria com a Universidade de Oxford. Ao todo, o país garantiu 329 milhões de doses de vacinas.
Além da Indonésia, quatro países preveem usar a CoronaVac: Chile, China, Turquia e Brasil, onde a vacina é testada em parceria com o Instituto Butantan.
O governo de São Paulo anunciou no fim de dezembro que o imunizante é eficaz, mas adiou a divulgação dos resultados da terceira fase de testes.
Já a Turquia afirmou que a CoronaVac tem eficácia de 91,25% contra o coronavírus.
Estratégia polêmica
O governo indonésio anunciou uma estratégia de imunização que recebeu críticas da comunidade científica internacional. Em vez de priorizar idosos, profissionais de saúde e pacientes de grupos de risco, o país decidiu iniciar a vacinação em pessoas de 18 a 59 anos.
O objetivo é impedir a disseminação do vírus pelo grupo que tem mais mobilidade e, segundo o governo, está mais exposto à contaminação. As autoridades de saúde alegam ainda que essa faixa etária também apresenta o maior número de pacientes assintomáticos.
A Indonésia vai na contramão das dezenas de países que começaram suas campanhas de vacinação e preferiram proteger o público mais vulnerável.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba