Nos últimos anos, têm surgido diversos casos de líderes religiosos envolvidos em escândalos de abuso sexual, lançando uma sombra sobre instituições de fé em todo o mundo.
Esses eventos chocantes não apenas abalam a confiança dos fiéis, mas também levantam questões profundas sobre a responsabilidade e prestação de contas dentro das hierarquias religiosas. Recentemente, novos casos vieram à tona, adicionando-se a uma triste lista de transgressões.
Abaixo, confira alguns desses casos:
Padre Alexandre Paciolli
O padre Alexandre Paciolli foi preso na última quarta (3), em Fortaleza, por importunação sexual e estupro de uma fiel. Ele apresentava o programa “Mulheres de Fé”, da TV Canção Nova, voltado para a formação de mulheres católicas.
Segundo as investigações, o padre teria se aproveitado da fé e ingenuidade da vítima para cometer os crimes, ocorridos em agosto de 2022 e janeiro de 2023. A ordem de prisão foi expedida pela 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo.
O MP-RJ ressaltou que a Arquidiocese do Rio de Janeiro já recebeu várias denúncias de abusos sexuais envolvendo o padre, com investigações policiais em andamento em outras áreas do estado
João de Deus” de Socorro
O líder espiritual Jessey Maldonado Monteiro, de 49 anos, acusado de praticar abusos sexuais contra mulheres em um centro religioso de Socorro, no interior de São Paulo, agia há pelo menos nove anos — o relato mais antigo entre as vítimas é de 2015. Ele foi preso na segunda-feira (15/1), acusado de estupro contra pelo menos 14 mulheres. A Polícia Civil suspeita que o número de vítimas seja muito maior.
Entre os relatos das vítimas, há informações de que o suspeito espiritual oferecia um copo d’água “essencial”, aplicava uma grande quantidade de óleo nas partes íntimas delas e encostava seu pênis nas mãos das mulheres. A suspeita é de que a água continha alguma substância que dopava as mulheres para facilitar os abusos.
Na casa do líder espiritual foram apreendidos brinquedos sexuais, seringas, câmeras, remédios e duas armas de fogo — sendo uma delas ilegal.
Prisão no Pará
A Polícia Civil do Pará deu início à segunda fase da Operação 7ª Frequência, que visa investigar crimes sexuais supostamente cometidos pelo líder de um grupo religioso. O indivíduo que não teve a identidade revelada já havia sido preso preventivamente por violação sexual mediante fraude em 2022, após denúncias de quatro mulheres e o estupro de uma adolescente de 13 anos, porém, posteriormente, foi liberado.
Após a detenção do suspeito, outras dez vítimas se apresentaram à Divisão Especializada no Atendimento à Mulher, alegando terem sido também vítimas de crimes sexuais perpetrados por ele.
“De acordo com os depoimentos das vítimas, o líder submetia as mulheres a banhos supostamente curativos e aproveitava a situação para tocar suas partes íntimas. Ele também chegou a ter relações sexuais sob o pretexto de que estaria possuído por entidades curativas”, explicou o delegado-geral, Walter Resende.
Religioso é preso suspeito de abuso sexual contra criança de 12 anos, na Paraíba
Um homem de 60 anos, que é membro de uma igreja em Cubati, no Cariri Paraibano, foi preso suspeito de cometer crime de abuso sexual contra uma criança de 12 anos. A prisão ocorreu na cidade de Juazeirinho, na mesma região estadual.
De acordo com as investigações, o crime aconteceu no dia 5 de dezembro de 2023. A polícia afirma que o alvo se utilizou da condição de ministro de confissões da igreja para cometer o crime.
Um mandando de busca e apreensão também foi cumprido pelos agentes. O homem não teve nome e idade divulgados, foi preso e encaminhado para Central de Polícia de Campina Grande, onde ficou a disposição da justiça.
Davi Passamani, pastor preso após denúncias de crimes sexuais
O pastor evangélico e fundador da igreja A Casa, Davi Vieira Passamani, foi preso por importunação sexual. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), ele é considerado um risco à segurança das mulheres por ter voltado a exercer as atividades religiosas, motivo pelo qual tinha autoridade e hierarquia sobre as vítimas.Enquanto os casos de líderes religiosos envolvidos em crimes sexuais continuam a surgir, é imperativo que a sociedade como um todo exija transparência, prestação de contas e justiça para as vítimas. O silêncio não pode mais ser tolerado quando se trata de abusos dentro de contextos religiosos.
O religioso é acusado de cometer crimes sexuais. Conforme a corporação, o homem acabou preso devido a um crime cometido em dezembro de 2023. O fato em questão foi a terceira apuração de importunação sexual contra o pastor. Passamani foi preso nessa quinta-feira (4/4) na capital goiana.
Enquanto os casos de líderes religiosos envolvidos em crimes sexuais continuam a surgir, é imperativo que a sociedade como um todo exija transparência, prestação de contas e justiça para as vítimas. O silêncio não pode mais ser tolerado quando se trata de abusos dentro de contextos religiosos.