Atualmente, o Brasil se vê em meio a uma guerra. Não uma guerra de armas e granadas, mas uma guerra política, em que os dois lados usam a mídia e as redes sociais para ficarem lançando frases de efeito e buscando desidratar o lado adversário frente a população brasileira. De um lado, o presidente da República, Jair Bolsonaro, que ao seu lado possui os filhos e o filósofo Olavo de Carvalho e do outro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que traz consigo todos os seus aliados do centrão e o presidente do senado, Davi Alcolumbre, que assim como ele deseja um maior protagonismo para os membros do Congresso no atual governo.
Independente do que teria motivado o atual embate, entre o chefe do executivo e os principais representantes do legislativo brasileiro, é necessário compreender o que cada um dos dois lados representa e o que restará a população o fim desta guerra. Quando apenas um dos dois agrupamentos restar de pé vitorioso, o Brasil poderá estar sendo regido pelo despreparo representado por Bolsonaro e pelos seus filhos que sucedem-se em falas sem o mínimo tato. Por outro lado, a opção que se opõe a Bolsonaro seria um país entregue aos presidentes do legislativo e as vontades do centrão, que consegue mostrar-se insaciável quando trata-se de consumir todos os recursos possíveis.
Pois bem, tal qual um condenado que tem a opção de ser enviado as Américas para servir como mão de obra gratuita ou a forca, o povo brasileiro provavelmente terá de decidir qual o mal menor ao qual terá direito de aceitar. O brasileiro sequer precisa esforçar-se muito para ter uma ideia de quão ruins poderão ser os próximos três anos, após o fim desta guerra ou caso ela se estenda pelo resto do governo que aí está. Pois, para imaginar como será o futuro do Brasil, caso Bolsonaro siga governando o nau a seu bel prazer basta vermos tudo que ele fez durante os primeiros cem dias do seu governo. Para compreendermos quão desastroso também pode ser o Brasil, entregue as mãos do centrão, é necessário apenas que nos recordemos dos dois anos em que Michel Temer esteve com a faixa presidencial e totalmente curvado aos desígnios do Congresso. Por fim, para nos recordarmos de como será caso um armistício não seja selado entre os dois lados e a guerra prossiga, temos de buscar na memória como foi o segundo mandato de Dilma Rousseff, quando em pé de guerra com o legislativo ela não conseguiu dar um direcionamento ao país enquanto via seu governo ruir.
O pior para o povo brasileiro é imaginar que em meio a uma crise econômica em que se clama por uma solução, muito provavelmente, no melhor dos casos veremos a situação manter-se igual a que se encontra, mas em um cenário não tão favorável. Veremos a economia nacional seguir patinando e as taxas de desemprego crescendo, enquanto o povo brasileiro estará ao Deus dará em um país com duras perspectivas de reerguer-se. Para o povo, não há muito o que fazer, talvez pedir para que os astros destinem bons augúrios ao país, que o impacto negativo resultante desta crise seja mínimo.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba