A menina recebeu vários presentes

Enfermeira relata alegria de menina de 10 anos após aborto, "esbanjava felicidade no rosto"

Amenina de 10 anos, estuprada e engravidada pelo tio, de 33 anos, em São Mateus (ES), esbanjava um largo sorriso no final da tarde dessa terça-feira (18/8), três dias após ser internada e realizar – com sucesso – um a interrupção da gestação.

Amenina de 10 anos, estuprada e engravidada pelo tio, de 33 anos, em São Mateus (ES), esbanjava um largo sorriso no final da tarde dessa terça-feira (18/8), três dias após ser internada e realizar – com sucesso – um a interrupção da gestação.

Quem descreve a alegria da garota é Benita Spinelli, coordenadora de enfermagem do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), em Recife (PE), onde a criança realizou o procedimento.

A menina recebeu vários presentes (imagem em destaque, obtida pelo Metrópoles) nessa terça, após ser alvo de críticas, sobretudo por grupos conservadores, por realizar a interrupção da gravidez, prevista e autorizada pela Justiça. No domingo (16/8), em meio a protestos, ela precisou entrar no hospital pelo porta-malas de um carro.

“Sempre procurei motivá-la, levantar o astral dela. O que a gente observa, exatamente ontem, em que ela recebeu muitos presentes, a felicidade e o sorriso na face. Essa é a minha maior lembrança”, conta Spinelli, ao Metrópoles.

A coordenadora de enfermagem participou de todo o procedimento. Ela destaca a diferença no semblante da garota quando ela chegou no hospital, no domingo, e quando ela saiu, na madrugada desta quarta-feira (19/8).

“Antes, estava mais retraída, assustada, ela contou a angústia, o sofrimento. E, assim, depois que o procedimento foi realizado, o alívio de todos. A expressão das pessoas, da felicidade, o sorriso, aquela fala mais descontraída”, prossegue.

Spinelli ficou com a menina e a avó dela até às 18h. Ela diz que não sabia quando a garota ia receber alta e que, por isso, não conseguiu ter um momento exato para despedir da família, mas relata que a todo momento a garota se mostrava agradecida.

“O tempo todo ela nos agradecia, se sentindo muito confortável, bastante acolhida pela equipe, que não julgava ela, nem nada, apenas mostrava afetividade. A tranquilidade que fica para a gente é que temos uma equipe humana e solidária”, completa.

 

 

Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba