ameaça e coação

Empresário preso por suspeita de estupro ameaçava divulgar vídeos íntimos de jovem

"A jovem alegou durante o depoimento que ele ameaçava que se ela não ficasse mais com ele ia divulgar os vídeos íntimos na internet

O empresário de Buri (SP) que teve a prisão preventiva decretada por ser suspeito de estuprar e agredir uma jovem de 19 anos também é investigado por usar vídeos íntimos da vítima como forma de ameaça e coação, segundo o delegado Paulo Fonseca.

Vancley Camilo, de 42 anos, foi preso nesta quarta-feira (21) após a Justiça expedir os mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. O advogado do empresário não quis dar entrevista à equipe da TV TEM, mas disse que vai recorrer da decisão de prisão preventiva.

“A jovem alegou durante o depoimento que ele ameaçava que se ela não ficasse mais com ele ia divulgar os vídeos íntimos na internet. Com isso, ele conseguia coagir e fazer várias coisas. Mandava mensagem como ‘quero que você faça isso agora, nessa hora’. Ele a controlava e exigia que mantivesse relações sexuais com ele”, informou o delegado.

Ainda segundo o delegado, o celular do empresário com fotos e vídeos foi apreendido e será periciado pela Polícia Civil.

“Vamos periciar o celular para podermos analisar esses vídeos e fotos. Além disso, apreendemos o celular da jovem para também saber sobre o conteúdo que ela enviava e se recebia ameaça dele e de outra pessoa. Também vamos analisar as mensagens trocadas por eles”, afirma.

As investigações duraram quatro meses após a jovem denunciar o caso para a polícia junto com a mãe de uma amiga.
Em depoimento, ela contou que no início o empresário oferecia dinheiro para ela manter relações sexuais. Depois, ele começou a agir com violência durante os atos e passou a ameaçar.

Em depoimento à polícia, o empresário assumiu que oferecia dinheiro para manter as relações com a jovem e, segundo ele, ela aceitava. Já sobre as agressões, ele negou.

Ainda conforme a vítima, sempre antes das relações sexuais o homem a obrigava a usar drogas, como cocaína e maconha. Segundo as investigações, era para que a garota sentisse menos dor.

“Tratamos como estupro pela forma violenta que ele agia nas relações sexuais e também pelo fato de ameaçá-la e a coagir. Com isso, após as investigações, pedimos a prisão preventiva e a Justiça aceitou”, diz o delegado Paulo.
Segundo testemunhas, a vítima passou mal nesta quinta-feira e precisou ser hospitalizada. A polícia confirma que a jovem está internada.
Inquérito policial

O suspeito foi levado para a cadeia de Capão Bonito e o inquérito policial foi instaurado. “Ouviremos novamente a jovem e também mais testemunhas. Com o resultado das perícias, o inquérito deve ser concluíodo em cinco dias”, diz.

Segundo a mãe da amiga da jovem, ela faz acompanhamento no posto de saúde e recebe apoio psicológico.

 

Fonte: G1
Créditos: G1