O “Jornal da Record” exibiu na segunda-feira (30) uma terceira reportagem negativa com críticas à construtora MRV, de Rubens Menin, desta vez sobre um antigo processo sobre trabalho análogo à escravidão sofrido pela empresa. A empresa comemorou 40 anos de existência justamente nesta segunda.
Procurada pela Record para comentar a reportagem, a MRV enviou uma resposta dura, que não foi divulgada pela emissora. No texto, a construtora observa que estas três matérias do telejornal, exibidas em um intervalo de dez dias, “são uma represália de baixo nível da direção da emissora à contratação do apresentador Reinaldo Gottino pela CNN Brasil”. É a primeira vez que a empresa comenta o caso.
Menin, como se sabe, é também o principal investidor da CNN Brasil, em sociedade com o jornalista Douglas Tavolaro, CEO do futuro canal de notícias. A nota enviada ao JR e não divulgada diz ainda que o ataque à MRV é “um atentado contra a marca do Jornalismo da Record e um desrespeito a seus profissionais.”
Ao final da exibição da matéria, a apresentadora Adriana Araújo disse apenas: “Procurada pelo Jornal da Record, a construtora não se manifestou a respeito do conteúdo da reportagem”. A mensagem da MRV foi enviada originalmente às 18h42. Como não foi divulgada, a construtora reafirmou à Record que a resposta era aquela enviada. E disse que a área jurídica da empresa vai acompanhar o caso.
Abaixo, a íntegra da nota:
“Sobre os questionamentos para esta e outras ‘reportagens’, a MRV esclarece ao telespectador da RecordTV que são uma represália de baixo nível da direção da emissora à contratação do apresentador Reinaldo Gottino pela CNN Brasil. Trata-se de um atentado contra a marca do Jornalismo da Record e um desrespeito a seus profissionais.
Solicitamos a veiculação da resposta acima na íntegra, conforme previsto na lei federal Nº 13.188, de 11 de novembro de 2015.”
Fonte: Uol
Créditos: Uol