Crise

EMBATE NO PSL: Bolsonaro admite que pode ser um 'presidente sem partido'

O partido está rachado entre bolsonaristas e bivaristas –grupo leal ao deputado Luciano Bivar (PE), presidente da legenda.

Pouco antes de deixar a China para embarcar aos Emirados Árabes Unidos, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pode se tornar “um presidente sem partido” caso o embate público no PSL não se resolver. O partido está rachado entre bolsonaristas e bivaristas –grupo leal ao deputado Luciano Bivar (PE), presidente da legenda.

“Eu posso ser um presidente sem partido. Tanto faz eu estar com partido ou sem partido”, afirmou neste sábado (26.out.2019) pela manhã —6ª feira (25.out) à noite no Brasil.

Se escolher ficar sem partido, Bolsonaro vai repetir o caso de Itamar Franco (1930-2011), que quando assumiu o Planalto (pós-impeachment de Collor) não teve filiação partidária.

O chefe do Executivo disse que deseja ter uma grande quantidade de candidatos a prefeito nas eleições de 2020, incluindo as principais capitais. “Pretendo ter 30 a 40 candidatos pelo Brasil, mas tenho que ter decisão sobre o partido. Não posso entrar e, quando chegar na convenção, eles me deixarem para trás porque têm maioria”, afirmou.

“Eles [deputados] sabem que quem quer ser candidato a prefeito no ano que vem é melhor tirar uma foto comigo e não com outra pessoa”, completou.

PRESIDENTE CRITICOU REPORTAGEM DA ISTOÉ
Bolsonaro também criticou reportagem publicada pela revista IstoÉ que afirma que seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) teria pago as passagens de sua lua-de-mel com dinheiro do fundo partidário.

“É uma irresponsabilidade da imprensa brasileira. Como vai pagar com fundo partidário se quem administra [o fundo] é o Bivar?”, afirmou.

Nessa 6ª feira (25.out), o presidente da República disse que o pedido de expulsão de Eduardo do PSL é 1 “ato autoritário de quem não está ligado à democracia e à transparência“.

VIAGEM
A viagem à China faz parte do giro do presidente pela Ásia e pelo Oriente Médio. O chefe do Executivo embarcou em 19 de outubro e a previsão é de que retorne ao Brasil em 31 de outubro.

Segundo integrantes do governo, o presidente quer sinalizar para o mundo que o Brasil está comprometido com a abertura econômica, com o ambiente de negócios e com o programa de reformas.

Fonte: Poder360
Créditos: Poder360