Ele está vivo

Em livro, Renan diz que política foi demolida e entra em campanha aberta

O senador Renan Calheiros (MDB) lançará o livro “Democracia Digital” em janeiro de 2019.  No texto, o emedebista afirma que a política foi demolida e entrou em campanha aberta. Ele é 1 dos principais nomes em campanha pelo comando do Senado, o qual já presidiu 4 vezes.

Senador Renan Calherios discursa ao deixar a liderança do PMDB . Foto: Sérgio Lima/PODER 360

O senador Renan Calheiros (MDB) lançará o livro “Democracia Digital” em janeiro de 2019.  No texto, o emedebista afirma que a política foi demolida e entrou em campanha aberta. Ele é 1 dos principais nomes em campanha pelo comando do Senado, o qual já presidiu 4 vezes.

O Poder360 teve acesso exclusivo à obra. Parte do livro serve para reproduzir seus posts recentes em redes sociais. O alagoano vive uma encarnação tuiteira. Contesta colegas, rebate a mídia e dá opiniões.

O texto mistura o estilo de literatura de cordel com os escritos no meio digital. “O modelo e formato da edição é para que o ontem, o hoje e o amanhã façam parte da mesma substância chamada tempo”, perora o autor na introdução da obra.

Na introdução, o senador faz análise da conjuntura política. Em 1 dos parágrafos, fala que o MDB seguirá unido na disputa. Além disso, também diz que pode não ser candidato.

O prolegômeno é a parte mais relevante do livro. É quando Renan se posiciona, dá recados e lança as bases reais de sua campanha para presidir o Senado. Faz 1 diagnóstico: “A legislatura que se encerra foi demolida pelas urnas”. Cita que das 54 vagas em disputa para o Senado em 2018 apenas 8 tiveram seus titulares reconduzidos.

“A palavra de ordem desses tempos é reinvenção. É recomeçar a partir de um novo patamar. A política exige de nós esse exercício diário e cotidiano. Temos que entender, digerir e metabolizar as mensagens e lições deixadas pela eleição de 2018”.
(…)
“Um ciclo da política está indo embora, não porque recebeu ordem de despejo da população, não. Não teve o apoio da população, certamente porque não compreendeu ou não quis compreender o que está acontecendo. Estamos fazendo a travessia para outro ciclo”.
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“A rede social está aí, presente em toda parte, tomou conta das comunicações, derrubou cercas, veio para ficar. A interlocução direta e sem intermediários se impôs –para o bem e para o mal. Quem não entendeu a importância desses novos elementos e não conseguir se reinventar, vai ficando para trás. Porque novas demandas, que não eram nem sonhadas até outro dia, estão nascendo já urgentes. E outras vêm aí”
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“O grande desafio é entender esse poderoso e instigante instrumental, evitar suas armadilhas, neutralizar suas ciladas, intrigas, mentiras e colocar todo o seu imenso potencial positivo de conhecimento e opinião a serviço da democracia brasileira, do fortalecimento das instituições e do equilíbrio entre os Poderes. É o uso inteligente das redes sociais que fará aumentar a capacidade dos políticos de ouvir e compreender os desejos e convicções da sociedade para a nossa ação política”
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Simples assim: a vida não é só viver, é sobreviver – de novo, permitam, se reinventar. Em 2013 adverti, em discurso no Senado, que se a política não tivesse a capacidade de se reinventar, ela morreria – e foi praticamente o que aconteceu. Não há por que não lincar o antigo ao moderno, o analógico ao digital, o novo ao velho, o cordel à rede social”.

Não haverá lançamento formal em Brasília. Os senadores vão receber a versão impressa pelo Correio ou em seus gabinetes. Haverá 1 lançamento oficial em Maceió, Alagoas, em 17 de janeiro.

Em livro, Renan Calheiros se apresenta aos colegas e entra de vez na campanha para presidir o Senado. A eleição é em 1º de fevereiro
Impresso pela gráfica do Senado, o livro de Renan terá entre 1.000 e 2.000 exemplares para serem distribuídos. Cada senador tem direito de mandar imprimir, sem custos, livros com fatos relacionados ao exercício da função.

Renan publica no livro seu endereço de e-mail pessoal ([email protected]) e seu celular (61 99448-1122). O número é válido. É uma tática para se mostrar acessível aos 80 colegas que podem ou não apoiá-lo para comandar o Senado.

Fonte: PODER 360
Créditos: PODER 360