Caciques do MDB que se reuniram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite desta segunda-feira, em Brasília, indicaram que podem tentar barrar a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência, na convenção da sigla, que deve ocorrer até o início de agosto. Pelas regras da Justiça Eleitoral, um candidato precisa ter aval da maioria do partido para poder concorrer.
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Ainda pouco conhecida dos eleitores, Tebet tenta se viabilizar como nome da chamada terceira via na corrida pelo Palácio do Planalto, mas sofre resistência de uma ala do próprio partido, que tenta rifá-la da disputa para que a sigla possa compor a aliança de Lula. O MDB, no entanto, fechou acordo com o União Brasil e o PSDB para lançar uma candidatura única, a ser anunciado no dia 18 de maio.
O apoio do MDB a Lula é defendido principalmente por caciques do Nordeste, que tentam colar no ex-presidente para colher frutos eleitorais. Dos 13 senadores da legenda, cinco estiveram com o petista em jantar oferecido pelo ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE).
— Há uma tendência natural de não irmos novamente para um suicídio político. Nós fomos de (Henrique) Meirelles em 2018 quando nós sabíamos que ele não tinha a menor condição eleitoral — afirmou Eunício, lembrando da candidatura do ex-ministro da Fazenda de Michel Temer, que ficou em sétimo na disputa, com 1,2% dos votos.
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Eunício completou:
— Se não for uma candidatura viável, não tenho dúvidas que os diretórios vão derrubar na convenção.
Segundo ele, 14 dos 27 diretórios regionais da sigla são contrários à candidatura própria.
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi na mesma linha ao indicar que a maioria dos emedebistas pode não dar aval à Tebet:
— Quem vai decidir o que o MDB vai fazer não é o presidente do partido nem um senador. Quem vai decidir o que o MDB vai fazer é a convenção — afirmou Renan.
Fonte: Carta Capital
Créditos: Polêmica Paraíba