O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que quer a liberação do uso de armas no Brasil para que o povo confronte, entre outras coisas, ordens e decretos de governadores e prefeitos durante a pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Na reunião ministerial do dia 22 de abril, o presidente pediu ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e ao então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que assinassem portaria liberando o armamento legal da população.
Para Bolsonaro, a ação seria uma demonstração da orientação da Presidência da República aos governantes nos estados e municípios – o presidente citou os governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, João Doria e Wilson Witzel, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. Ainda segundo Bolsonaro, o projeto seria ‘um puta de um recado pra esses bostas’.
“O que esses filha de uma égua quer, ô (Abraham) Weintraub, é a nossa liberdade. Olha, eu tô, como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Como é fácil. O povo tá dentro de casa. Por isso que eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme! Que é a garantia que não vai ter um filho da puta aparecer para impor uma ditadura aqui! Que é fácil impor uma ditadura! Facílimo!”, comentou Bolsonaro.
“Um bosta de um prefeito faz um bosta de um decreto, algema, e deixa todo mundo dentro de casa. Se tivesse armado, ia pra rua. E se eu fosse ditador, né? Eu queria desarmar a população, como todos fizeram no passado quando queriam, antes de impor a sua respectiva ditadura. Aí, que é a demonstração nossa, eu peço ao Fernando e ao Moro que, por favor, assine essa portaria hoje que eu quero dar um puta de um recado pra esses bosta! Por que que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura! E não da pra segurar mais! Não é? Não dá pra segurar mais”, afirmou o presidente.
As falas do presidente foram gravadas em reunião ministerial e o vídeo teve autorização de divulgação nesta sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte analisa inquérito que investiga acusações do ex-ministro Sergio Moro sobre supostas tentativas de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Em outro trecho da reunião, Bolsonaro usa o exemplo das decisões de governadores e prefeitos para, segundo ele, prejudicar a imagem do governo federal. “É … de se preocupar com isso. Que os caras querem é a nossa hemorroida! É a nossa liberdade! Isso é uma verdade. O que esses caras fizeram com o vírus, esse bosta desse governador de São Paulo, esse estrume do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso. Aproveitaram o vírus, um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta. Que quem não conhece a história dele, procura conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado!”, disse.
“E nós sabemos o … o que, a ideologia dele e o que ele prega. E que ele sempre foi. O que a … tá aproveitando agora, um clima desse, pra levar o terror no Brasil. Né? Então, pessoal, por favor, se preocupe que o de há mais importante, mais importante que a vida de cada um de vocês, que é a sua liberdade. Que homem preso não vale porra nenhuma”, complementou Bolsonaro.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Estado de Minas