O pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu uma agenda de reformas para o país em uma palestra, nesta quinta-feira (7), em Salvador. “O Brasil é um dos países mais injustos do mundo, na forma como arrecada o dinheiro e na forma como distribui. Isso aqui é o paraíso dos milionários, o paraíso dos privilegiados”, afirmou o tucano em evento na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Para Alckmin, reformas tributária, previdenciária e de Estado são necessárias para tornar o país mais competitivo. “O Brasil se tornou um país caro, não tem investimento e tem um mar de obras paradas. Ou muda isso ou vai continuar na decadência econômica.”
O tucano criticou propostas de outros candidatos à Presidência. “Eu fico horrorizado ao ver o candidato da bala. Ninguém vai fazer emprego à bala”, disse o ex-governador de São Paulo.
O presidenciável também reclamou do excesso de taxações sobre o consumo e os corporativismos público e privado. “O conjunto enfraqueceu. É preciso enfrentar as corporações”, disse o pré-candidato, na capital baiana.
Na palestra, o presidenciável defendeu que a Petrobras não deve ser privatizada, mas que não pode continuar com monopólio sobre o refino do petróleo. “Também não precisa ter posto de gasolina e nem fazer o transporte. A iniciativa privada faz isso muito bem.”
Ainda no evento, Alckmin afirmou que, se eleito, a prioridade da gestão seria a criação de emprego. Para diminuir os índices de violência, prometeu estruturar uma agência nacional de inteligência para impedir a entrada de drogas e armas no país.
Depois da palestra, Alckmin seguiu para a Assembleia Legislativa da Bahia, onde deve receber o título de cidadão baiano.
Fonte: Valor Econômico
Créditos: Renato Alban