O governador João Doria (PSDB) disse, nesta quarta-feira (1/9), que orientou a Polícia Militar a revistar todos os presentes nas manifestações marcadas para 7 de setembro em São Paulo, tanto a favor quanto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Doria disse que não será permitido “qualquer tipo de armamento, mesmo de policiais aposentados”.
“Todos serão revistados, a PM recebeu orientação para que todos, sem exceção, com mochilas, com bolsas, com bolsos, sejam revistados. Não será permitido qualquer tipo de armamento, seja arma de fogo, branca, mesmo que sejam policiais aposentados. Se forem, vão ser convidados a se retirar e não participarão de nenhuma manifestação”, falou o governador.
O general João Campos, secretário de Segurança Pública de São Paulo, disse que o ideal seria que os dois grupos com propósitos antagônicos se reunissem em dias diferentes, mas houve uma decisão judicial que permitiu os dois atos em 7 de setembro, sendo o contra o presidente no Vale do Anhangabaú, e o protesto a favor na Avenida Paulista.
“Os dois grupos estarão se manifestando no mesmo dia, isso logicamente exigirá um esforço maior da Polícia Militar, mas nós cumpriremos nosso papel. Hoje à noite faremos uma primeira apresentação no Conselho de Segurança ao governador, com uma proposta. Usaremos tropas locais, tropas especiais, drones, helicópteros-Águia, como em outras manifestações”, explicou o secretário.
Ele disse que a PM vai empregar um “efetivo coerente para proporcionar à população a segurança que ela precisa e merece”, mas que a estratégia de segurança não foi 100% definida ainda.
Campos ainda descartou que haja participação de policiais da ativa em manifestações a favor de Bolsonaro. O regimento da PM de São Paulo proíbe que os agentes se manifestem de maneira político-partidária.
“A PM tem 190 anos, é uma polícia respeitada, admirada pelos meios de que dispõe, pelo efetivo que disponibiliza à SP. Mas muito mais do que isso, é pela história que ela tem e pelo valor das pessoas que a compõem. Eu tenho absoluta convicção que nossos agentes estarão absolutamente conscientes e estarão cumprindo seus misteres com a honra com que vêm cumprindo suas funções. Isso não vai acontecer, eles estarão cumprindo seus papéis”, afirmou.
Fonte: POLÊMICA PARAÍBA
Créditos: METROPOLES