Um documento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) detalhando as reuniões com representantes de produtores de vacina contra a Covid-19 omite os nomes dos participantes da agência com representantes comerciais sobre a Covaxin. A planilha apresenta 40 reuniões, de junho de 2020 a fevereiro de 2021. As informações são do UOL.
A reunião sobre a Covaxin aconteceu em 20 de janeiro deste ano. O tema foi “Estratégia de certificação da Bharat Biotech, que produz a vacina Covaxin”. A reunião era entre a Coordenação de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Insumos Farmacêuticos, da Anvisa e a Precisa Medicamentos, representante do laboratório indiano no Brasil , segundo o UOL, que teve acesso ao documento.
O único outro registro que tem o nome dos participantes em branco é o da reunião sobre a vacina russa Sputnik V. A reunião foi em 2 de fevereiro. As duas vacinas, a indiana e a russa, não têm o uso emergencial aprovado pela Anvisa. Em março, a Anvisa negou o certificado de boas práticas para a Covaxin, assim como sua importação. A vacina russa teve a importância e o uso emergencial negados em abril.
Mas, em 4 de junho, a agência brasileira aprovou a autorização excepcional e temporária para uso e importação das vacinas. Essa aprovação é diferente do uso emergencial. No uso excepcional, o número de vacinas importadas foi limitado a 1% da população do Estado que pediu a importação, além disso, o uso é restrito a adultos saudáveis e relatórios regulares devem ser enviados à Anvisa sobre os resultados das vacinas.
O Ministério da Saúde assinou contrato para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin ainda em fevereiro, por R$ 1,6 bilhão. Agora, essa compra está sob suspeitas de corrupção. O MPF (Ministério Público Federal) pede investigação na esfera criminal contra o Ministério da Saúde por identificar indícios de crime de improbidade administrativa no contrato do órgão com a Precisa Medicamentos.
A CPI (Comissão de Inquérito Parlamentar) da Covid no Senado ouve na manhã desta 6ª feira (25.jun.2021) o deputado Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor da Saúde Luis Ricardo Fernandes Miranda. Eles alegam que avisaram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre irregularidades nas negociações da Covaxin em 20 de março.
Fonte: UOL e Poder360
Créditos: Polêmica Paraíba