Após a declaração do general do Exército Antonio Hamilton Mourão, que deixou a entender que poderia haver uma intervenção militar caso o cenário político do Brasil não apresentasse melhoras, as Forças Armadas se agitaram nas casernas.
A afirmação foi dada na última sexta-feira (15), durante palestra na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília.
O general Villas Bôas, comandante geral do exército, veio a mídia dizer que “não há qualquer possibilidade” de intervenção militar. “Desde 1985 não somos responsáveis por turbulência na vida nacional e assim vai prosseguir”, afirmou Villas Bôas, em entrevista ao Correio Braziliense.
Já o general Mourão, procurado pelo jornal O Estado de São Paulo, disse que “não está insuflando nada” e que “não defendeu (a tomada de poder pelos militares), apenas respondeu a uma pergunta”.
Para o general, “se ninguém se acertar, terá de haver algum tipo de intervenção, para colocar ordem na casa”. Sobre quem faria a intervenção, se ela seria militar, ele responde que “não existe fórmula de bolo” para isso.
E emendou: “Não (não é intervenção militar). Isso não é uma revolução. Não é uma tomada de poder. Não existe nada disso. É simplesmente alguém que coloque as coisas em ordem, e diga: atenção, minha gente vamos nos acertar aqui e deixar as coisas de forma que o País consiga andar e não como estamos. Foi isso que disse, mas as pessoas interpretam as coisas cada uma de sua forma. Os grupos que pedem intervenção é que estão fazendo essa onda em torno desse assunto”.
Fonte: Papo TV