A ministra relatora Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, na última terça-feira (11), a inclusão na pauta de votações da Primeira Turma da Corte do inquérito 3404, que investiga o senador paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) em denúncias de desvios de recursos e lavagem de dinheiro na campanha eleitoral de 2006, na Paraíba.
Contra o senador tucano, que concorre à reeleição neste ano, pesa a denúncia de que, na noite de dia 27 de outubro de 2006, na antevéspera do segundo turno das eleições para governador da Paraíba, fiscais da Justiça Eleitoral compareceram ao Edifício Concorde, localizado na Avenida Epitácio Pessoa, em João Pessoa, para verificar a informação de que estaria havendo a distribuição de dinheiro para compra de votos.
Ao se dirigirem ao local indicado, precisamente à sala 103 do Concorde, o proprietário não impediu que os fiscais adentrassem ao estabelecimento. Porém, quando estavam para deixar o prédio, populares informaram aos fiscais da Justiça Eleitoral que alguém da sala 103 havia jogado alguns materiais para fora da janela e que os objetos haviam caído sobre o telhado de proteção de estacionamento externo do edifício. A partir de então, os fiscais acionaram a Polícia Federal.
Ao subirem no telhado de proteção do Concorde, os fiscais da Justiça Eleitoral e os agentes da Polícia Federal encontraram uma caixa e um saco, e detectaram várias contas de água e energia elétrica quitadas, títulos eleitorais, camisetas amarelas (cor da campanha de Cássio à época), além de vários maços de cédulas de R$ 50, totalizando R$ 304.050,00. O episódio ficou conhecido como caso do ‘Dinheiro Voador’
Instaurado o inquérito mediante requisição da Juíza Eleitoral da 64ª Zona, no próprio dia 27 de outubro de 2006, a Polícia Federal encaminhou, no dia seguinte, requisição solicitando mandado de busca e apreensão que veio a ser cumprido no dia 29, na sala 103 do Edifício Concorde.
O inquérito contra o senador Cássio tem como relatora a ministra Rosa Weber, que no dia 3 de dezembro de 2012, delegou como instrutor do caso o juiz Sergio Moro, o mesmo que hoje conduz a operação Lava Jato. Desde o dia que foi instaurado até hoje, o caso se arrasta no STF há quase 12 anos.
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Fonte: Paraíba já
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