Os primeiros registros e documentados relatam uma enfermagem básica. Doenças e transtornos eram tratados de diferentes formas dependendo da cultura, religião e civilização.
Um dos grandes exemplos é o período pré-cristão, em que as doenças representavam uma punição divina ou uma manifestação diabólica, estimulando a atuação dos sacerdotes e feiticeiros para exorcizar as energias negativas e aprimorar a saúde.
Foi com o conhecimento da civilização hindu (A Civilização Hindu é uma das sociedades mais antigas do mundo. Ocupava o território onde hoje é a Índia).
Os hindus estimularam a produção de bases teóricas sobre o funcionamento muscular, nervoso, linfático e de ligamentos, que a enfermagem começou a se estabelecer como uma profissão mais valorizada, embora não reconhecida cientificamente.
Com o início da revolução industrial, das práticas capitalistas e das grandes guerras, a enfermagem foi ganhando espaço e se tornando relevante, transformando-se em uma ciência imprescindível e em uma profissão renomada.
Transformação da enfermagem no Brasil
As mudanças no contexto da saúde ao longo dos anos também acompanharam as práticas culturais e empíricas. Durante o descobrimento do Brasil, os pajés eram os donos do conhecimento sobre saúde e doença, assumindo a posição de cuidadores.
Com a evolução da colonização, outros personagens assumiram esse papel, como os jesuítas e voluntariados em suas missões; religiosos e alguns escravos que apresentavam um conhecimento um pouco mais aprimorado sobre saúde.
No campo da saúde mental, foi somente na constituição do Brasil como república que se iniciou o discurso da necessidade de uma assistência psiquiátrica para lidar com os transtornos mentais.
Somando-se a isso a dificuldade de encontrar profissionais que trabalhassem com a loucura, o governo brasileiro optou por desenvolver medidas que reconhecessem as práticas da enfermagem, trazendo também profissionais francesas para aprimorar os estudos e suprir a falta de enfermeiras nos hospitais psiquiátricos.
A partir disso, o Brasil decretou a criação da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, em 1890, a fim de auxiliar na formação de profissionais de referência para atuar no âmbito psiquiátrico e de saúde mental em um sentido mais amplo.
Entretanto foi somente a partir da década de 1920 que o Brasil iniciou o reconhecimento da enfermagem enquanto ciência e profissão, dando início à Enfermagem Moderna e à consolidação do ensino qualificado e profissionalizante.
Durante a pandemia da Covid-19, a enfermagem passou a receber maior reconhecimento e, inclusive, foi motivo para aplausos e panelaços ao redor do Brasil e do mundo.
Importância da enfermagem na pandemia
Há ainda muitos que critiquem os profissionais da área, tecendo comentários como: “é enfermeiro porque não conseguiu passar em medicina”. Entretanto, a carreira vai muito além do que a medicina proporciona porque, na maioria das vezes, os enfermeiros têm que estar preparados para todos os tipos de situação, imagináveis ou não. Além disso, existe o desafio salarial. Afinal, são recorrentes as reclamações sobre a baixa remuneração dos enfermeiros.
Pensando na importância da enfermagem e de seus profissionais, conheça a origem da comemoração da data. Mais do que isso, entenda por que a profissão recebe tanto protagonismo em meio ao novo coronavírus e em seu enfrentamento.
Fonte: expressoilustrado
Créditos: Polêmica Paraíba